A Universidade Santo Amaro (Unisa) anunciou a expulsão de estudantes do curso de medicina flagrados em um comportamento considerado obsceno e repulsivo durante um jogo de vôlei feminino. Os atos ocorreram no Centro Universitário São Camilo, em São Carlos, entre os dias 28 de abril e 1º de maio, durante um torneio de calouros de medicina conhecido como Calomed. O episódio ganhou grande visibilidade nas redes sociais, e autoridades do alto escalão do governo brasileiro emitiram comentários repreensivos sobre o caso.
Segundo a Unisa, a punição mais severa do seu regimento foi aplicada aos alunos identificados até o momento, embora os eventos tenham ocorrido fora das instalações da universidade. “Assim que tomou conhecimento de tais fatos, a instituição aplicou sua sanção mais severa”, afirmou a Unisa em comunicado oficial.
O Centro Universitário São Camilo confirmou que os alunos da Unisa, após saírem vitoriosos em um jogo contra sua equipe de medicina feminina, celebraram “correndo desnudos pela quadra”. Vídeos divulgados na internet mostram os estudantes nus, com alguns deles simulando atos de masturbação.
Repercussão Nacional
O caso rapidamente viralizou, levando ao pronunciamento de autoridades como o Ministro da Educação, Camilo Santana, e o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Ambos usaram a plataforma X, antigo Twitter, para expressar seu repúdio. “Repulsivo, indesejável e absurdo”, comentou Dino, esclarecendo que a investigação cabe inicialmente à Polícia Civil do estado de São Paulo.
O Ministério das Mulheres também se manifestou sobre o incidente. “Romper séculos de uma cultura misógina é uma tarefa constante que exige um olhar atento para todos os tipos de violências de gênero”, declarou o ministério em um post nas redes sociais. O Ministério reforçou seu compromisso de tornar as universidades espaços livres de violência de gênero.
Investigação em Andamento
A Polícia Civil de São Paulo já iniciou uma investigação para identificar todos os estudantes envolvidos no ato. Enquanto a universidade tomou medidas disciplinares, a questão legal ainda está em aberto e poderá resultar em ações judiciais contra os envolvidos.
Este caso serve como um exemplo contundente do trabalho que ainda precisa ser feito para combater a cultura de misoginia e violência de gênero no ambiente acadêmico e social. O evento demonstrou a necessidade urgente de medidas mais rigorosas e educativas para evitar episódios semelhantes no futuro.
