Gêmeas Roubadas se Reencontram Após Anos Graças ao TikTok

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Milhares de pessoas na Geórgia enfrentam uma descoberta chocante: foram roubadas de seus pais e vendidas. Amy e Ano, gêmeas idênticas, foram separadas de sua mãe logo após o nascimento e vendidas para famílias diferentes.

O reencontro improvável aconteceu anos depois, quando as duas se descobriram por acaso, através de um programa de talentos na TV e um vídeo compartilhado no TikTok.

Ao investigarem seu passado, descobriram que estavam entre os milhares de bebês na Geórgia roubados de hospitais e vendidos, alguns desde 2005. Agora, estão em busca de respostas.

Amy, em um quarto de hotel em Leipzig, Alemanha, expressa seu medo e ansiedade: “Não dormi a semana toda. Esta é minha chance de finalmente obter algumas respostas sobre o que aconteceu conosco.”

Sua irmã, Ano, também nervosa, admite que não sabe como reagirá ao confrontar a verdade.

Esta jornada as levou da Geórgia à Alemanha, em busca da peça que falta em seu quebra-cabeça: conhecer sua mãe biológica.Nos últimos dois anos, enquanto desvendavam a verdade, descobriram que dezenas de milhares de pessoas na Geórgia enfrentavam situações semelhantes, sem nenhuma responsabilização oficial até o momento.

A história de Amy e Ano começou aos 12 anos, quando Amy viu alguém idêntico a ela em um programa de TV. Anos depois, em 2021, um vídeo no TikTok as aproximou.

Após uma série de coincidências e descobertas, encontraram-se pessoalmente pela primeira vez em Tbilisi, confirmando sua conexão como gêmeas.A busca por respostas revelou uma história complexa: ambas nasceram no mesmo hospital, mas suas certidões de nascimento apresentavam diferenças inexplicáveis.

Descobriram mais semelhanças e, eventualmente, confrontaram suas famílias adotivas, desvendando a verdade sobre seu sequestro e venda em 2002.A jornada de Amy e Ano reflete um problema mais amplo na Geórgia, onde casos semelhantes de tráfico de bebês e adoções ilegais foram expostos por grupos como o Vedzeb, criado pela jornalista Tamuna Museridze.

Com mais de 230 mil membros, o grupo ajudou a reunir famílias e expor um escândalo que afetou dezenas de milhares de pessoas ao longo de décadas.A investigação governamental sobre o tráfico de crianças na Geórgia ainda não trouxe respostas conclusivas, mas vítimas como Amy e Ano esperam que a busca por justiça traga algum conforto para suas vidas.

Fonte: G1

 

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