O general da reserva do Exército, Ridauto Lúcio Fernandes, é o principal investigado na 18ª fase da Operação Lesa Pátria, conforme divulgado pela Polícia Federal nesta sexta-feira (29). Fernandes se tornou notório por sua participação em atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, onde apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, insatisfeitos com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
Esses eventos colocaram Ridauto também no radar da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga os referidos atos golpistas. Seu envolvimento com a administração anterior é notável, sendo vinculado diretamente ao ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Durante o governo de Bolsonaro, o general exerceu funções como assessor especial da secretaria executiva e diretor de Logística do Ministério da Saúde.
Dentro das ações da operação de hoje, a Polícia Federal comunicou que, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), foi executado um mandado de busca e apreensão. Além disso, houve bloqueio de ativos e valores associados ao general Fernandes.
Em contraponto, o Centro de Comunicação Social do Exército emitiu uma nota esclarecendo que o general Ridauto não possui vínculos ativos com a Força, estando na reserva. A instituição também ressaltou que não comenta investigações em andamento por outros órgãos.
A Operação Lesa Pátria, que segue em curso, objetiva apurar responsabilidades e ações ligadas aos eventos golpistas que sacudiram a capital federal no início do ano.
Da Redação