Durante o 6° Seminário de Agronegócio Sustentável, promovido pela Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (21.08), Mauro afirmou que os crimes ambientais são cometidos por uma minoria, que não representa o agro mato-grossense.
Mauro lembrou que no inicio da sua primeira gestão enquanto governador, em 2019, apenas 5% de todo o desmatamento de Mato Grosso ocorria de forma legal. Hoje, o percentual saltou para mais 50%.
“Essa atividade do desmatamento ilegal prejudica o meio ambiente, prejudica a imagem do Brasil, prejudica a imagem de mais de 99% dos nossos produtores que trabalham na legalidade e trabalham com seriedade. A imagem ambiental do Brasil está sendo deteriorada por conta de menos de 1% dos produtores, que insistem em praticar o desmatamento ilegal”, disse.
De acordo com o governador, é necessário que o Congresso Nacional crie leis mais duras para coibir esses crimes. Mauro voltou a defender o confisco de terras para aqueles que insistirem em desmatar ilegalmente.
“Eu tenho defendido e vou continuar defendendo que a gente possa endurecer mais a lei, dar a esse caso do desmatamento ilegal o mesmo tratamento previsto no artigo 143 da Constituição Brasileira, que é o confisco, que é o perdimento da terra de quem fizer desmatamento ilegal, assim como ocorre com quem planta maconha ou produz concaína. Porque quando você tem uma pena muito dura, isso muda o comportamento social, as pessoas passam a ter muito mais medo. Temos que endurecer para resolver de vez esse problema”, sugeriu.
Ainda no seminário, Mauro citou o bom desempenho de Mato Grosso enquanto estado que produz com sustentabilidade.
“Mato Grosso vai terminar ano com uma safra que deve ultrapassar as 100 milhões de toneladas. Se fôssemos um país, seríamos o terceiro maior produtor mundial de soja, superando a Argentina. E fazemos isso mantendo 62% de todo o território preservado, como há 500 anos. Nós temos sustentabilidade, temos produção, temos capacidade de continuar crescendo e vamos crescer respeitando o Código Florestal”, finalizou.
Também participaram do painel o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, a senadora Soraya Thronicke e o engenheiro agrícola e professor do curso de pós-graduação em agronegócio da FGV (Fundação Getulio Vargas), Eduardo Assad.