Em entrevista à Jovem Pan News nesta segunda-feira (15), o governador Mauro Mendes (União) expressou sua preocupação com o avanço das facções criminosas no Brasil, descrevendo-as como um “câncer” que pode se tornar uma “metástase” se não for combatido adequadamente. Mendes ressaltou que essa realidade não afeta apenas Mato Grosso, mas é um problema generalizado em diversas regiões do país.
“As organizações criminosas estão crescendo como um câncer em todo o país. Esse câncer vai acabar virando uma metástase. Hoje as grandes cidades brasileiras vivem essa realidade”, alertou o governador.
Apesar dos esforços do governo em investir em segurança pública para combater essas organizações, Mendes admitiu que as ações têm tido “pouca efetividade”. Ele reconheceu o trabalho conjunto de diversos governadores e, possivelmente, do Governo Federal, mas destacou que o esforço está sendo em vão diante da persistência do problema.
O governador mencionou a situação de Sorriso, anteriormente conhecida como a Capital Nacional do Agronegócio, que agora se destaca como o epicentro das disputas entre facções no Centro-Oeste. Ele ressaltou que mesmo líderes de grandes facções criminosas permanecem ativos mesmo após décadas de prisão, evidenciando a complexidade da situação.
Expressando preocupação com a possibilidade do Brasil seguir o caminho de países como Colômbia e Equador, Mendes reforçou a necessidade de reformas na legislação brasileira, exigindo leis mais rigorosas. Ele apontou para as leis atuais como um fator contribuinte para a ascensão dos crimes violentos, afirmando que as punições não são suficientes para desestruturar a cadeia do crime.
“Os brasileiros estão com medo de andar nas ruas, quem pode compra carro blindado, vai morar em prédios, mas a grande maioria do povo sofre com a falta de segurança e o grande responsável por isso são as leis brasileiras, que não punem corretamente para desestruturar a cadeia do crime”, enfatizou Mendes, alertando sobre as consequências de longo prazo se medidas mais assertivas não forem tomadas.
Fonte: MidiaNews