Em um movimento estratégico para garantir os direitos das crianças, o Governo Federal instituiu hoje, no Palácio do Planalto, o Grupo de Trabalho (GT) dedicado à primeira infância no âmbito do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável.
A nova ala do Conselhão, como é comumente conhecido, buscará desenvolver políticas públicas voltadas para crianças de zero a cinco anos. O presidente interino, Geraldo Alckmin, reforçou a seriedade do investimento, destacando a inclusão de um adicional de R$ 150 no programa Bolsa Família para famílias com crianças até seis anos.
Camilo Santana, Ministro da Educação, sublinhou a importância dos primeiros anos de vida no desenvolvimento cerebral, enfatizando a necessidade de integração familiar e uma atuação cooperativa dos entes federativos na promoção destas políticas. Santana é otimista quanto ao papel do GT, antecipando uma abordagem unificada e interministerial sob a liderança do presidente Lula.
Um dos compromissos chave do governo é o aumento no número de vagas em creches. O objetivo é matricular, até 2024, pelo menos 50% das crianças de zero a três anos. Este desafio requer a criação de mais de um milhão de vagas, conforme exposto pelo Ministro da Educação.
Alexandre Padilha, ministro à frente da Secretaria de Relações Institucionais, onde o Conselhão é vinculado, destacou que o GT sobre primeira infância é um dos mais valorizados. Padilha também frisou a importância de olhar de forma integrada para a defesa, proteção e promoção da primeira infância.
Com a presença de vários membros ministeriais e representantes da sociedade civil, academia, setor empresarial e entidades do colegiado, a cerimônia também contou com a assinatura de um acordo de cooperação entre o Ministério do Desenvolvimento e a Amazon. Este acordo ofertará 700 vagas em cursos de capacitação digital para mulheres cadastradas no Cadastro Único do governo federal.
Wellington Dias, Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, falou sobre o compromisso do ministério em estabelecer um marco regulatório voltado para cuidados e família, integrando esforços com o setor privado e focando principalmente nas mulheres, reconhecidas como cuidadoras primárias das famílias.
Paulo Pereira, secretário-executivo do Conselhão, finalizou o evento enfatizando a necessidade de engajamento total da sociedade civil, incluindo setor produtivo e empresas, na causa da primeira infância. Segundo ele, o país precisa acertar em suas políticas públicas agora para garantir um futuro promissor e evitar repercussões negativas nas próximas décadas.