Nesta terça-feira (26), Nísia Trindade, ministra da Saúde, anunciou que o governo federal tem a ambição de começar a produção nacional de 70% de todos os insumos de saúde utilizados no Brasil no período de uma década. Essa iniciativa visa retomar ações que iniciaram há cerca de 20 anos, mirando fortalecer o Complexo Econômico e Industrial da Saúde. O anúncio oficial sobre as novas estratégias para o setor está marcado para as 11h de hoje.
No planejamento, um orçamento significativo de R$ 42,1 bilhões foi destacado. Segundo a ministra, uma fração desse montante será canalizada para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com investimentos específicos em laboratórios públicos e na Hemobrás. Um dos principais objetivos é aumentar em quatro vezes a capacidade de produção de vacinas, tanto para uso regular quanto para situações emergenciais, como pandemias.
Nísia Trindade elucidou, durante sua participação no programa “Conversa com o Presidente” no Canal Gov, que dos R$ 42,1 bilhões alocados, aproximadamente R$ 23 bilhões provirão do setor privado. Adicionalmente, financiamentos significativos estão previstos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Ela enfatizou: “É o maior investimento nos últimos anos porque criamos um sistema favorável”.
Ao refletir sobre a importância do investimento em inovação e produção, Trindade enfatizou a necessidade de previsibilidade. Ela recordou a vulnerabilidade que o Brasil enfrentou após 2017, onde os investimentos essenciais para o setor de saúde sofreram desafios. Falando sobre sua experiência enquanto presidente da Fiocruz, ela comentou: “vivi isso na pele”. A nova diretriz está alinhada à política industrial atual do país, que tem como premissa principal atender às demandas de saúde da população, centrando-se nas necessidades oriundas do Sistema Único de Saúde.
Peter Paulo