A cidade de Cuiabá testemunhou uma ação significativa de fiscalização neste sábado (25.11), envolvendo o Hospital Enter, localizado na região central da cidade. A operação, realizada por uma equipe composta por policiais civis da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), membros do Corpo de Bombeiros Militar, fiscais da Vigilância Sanitária Municipal e o Conselho Regional de Medicina, tinha como objetivo apurar uma denúncia grave: a realização de cirurgias plásticas no Hospital Enter, mesmo durante um período de interdição imposta pela Vigilância Sanitária Municipal.
O Hospital Enter, conhecido por suas cirurgias estéticas, foi interditado em setembro, marcando sua terceira interdição no ano. A interdição permaneceu em vigor, conforme decisão do juiz Roberto Teixeira Seror, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Cuiabá. A ação deste sábado veio após relatos de que o hospital continuava a oferecer e realizar procedimentos cirúrgicos apesar da proibição. Durante a fiscalização, foram encontrados indícios que corroboram essas alegações. Entre os achados estava um documento rasgado e descartado, datado do dia 22 de novembro, que detalhava a realização de um procedimento cirúrgico específico – a retirada de um balão intragástrico de um paciente.
Além disso, verificou-se que o hospital solicitou um alvará simplificado, geralmente destinado a prédios com até 750m². No entanto, o Hospital Enter possui uma área superior a 1.500m², tornando o alvará atual inadequado e colocando o proprietário diante da necessidade de iniciar um novo processo de regularização para evitar penalidades.
Diante dessas descobertas, o local foi novamente interditado, e medidas adicionais foram tomadas para reforçar a interdição, incluindo a colocação de avisos e fita zebrada na entrada do hospital. Esta situação levanta questões importantes sobre a regulamentação e fiscalização de estabelecimentos de saúde e a segurança dos pacientes que buscam procedimentos médicos em Cuiabá.
A situação no Hospital Enter serve como um lembrete crucial sobre a importância do cumprimento das regulamentações de saúde e segurança, e reforça o papel das autoridades em garantir que tais padrões sejam mantidos para proteger o público