A produção industrial do Brasil cresceu 0,4% em agosto de 2023, na comparação com julho. O resultado veio depois de uma queda de 0,6% no mês anterior. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No entanto, o setor ainda está distante de recuperar as perdas do passado recente. No acumulado do ano, a indústria acumula queda de 0,3%, e no acumulado de 12 meses, de 0,1%.
A alta de agosto foi puxada por 18 dos 25 ramos industriais pesquisados pelo IBGE, com destaques para farmoquímicos e farmacêuticos (18,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (5,2%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (16,6%).
Entre as seis atividades em queda, os principais recuos ficaram com indústrias extrativas (-2,7%), produtos diversos (-8,0%), couro, artigos para viagem e calçados (-4,2%) e de metalurgia (-1,1%).
Na análise das quatro grandes categorias econômicas da indústria, três tiveram alta: bens de consumo duráveis (8%), bens de consumo semi e não duráveis (1%) e bens de capital (4,3%). No sentido oposto, os bens intermediários tiveram queda, de 0,3%.
O que explica a alta de agosto?
O crescimento da produção industrial em agosto pode ser explicado por uma série de fatores, incluindo:
- O aumento da demanda doméstica, impulsionada pelo crescimento do emprego e da renda;
- A melhora do cenário externo, com a redução das incertezas e o aumento da demanda por produtos brasileiros;
- O aumento dos preços dos insumos industriais, que estimulam a produção.
O que esperar para o futuro?
O IBGE projeta que a produção industrial continue crescendo nos próximos meses, mas em ritmo mais lento. Para o ano de 2023, a expectativa é de crescimento de 1,2%.
O crescimento da produção industrial em agosto é um sinal positivo para a economia brasileira. No entanto, é importante ressaltar que o setor ainda está longe de recuperar as perdas do passado recente.
Peter Paulo