Inflação na Argentina Encerra 2023 em 211,4%, Maior Nível em 33 Anos

0

O Instituto de Estatística e Censos da Argentina (Indec) anunciou nesta quinta-feira (11) que a inflação no país atingiu a marca de 211,4% ao longo de 2023, representando o maior nível em 33 anos. Apenas em dezembro, a alta foi de 25,5%, um aumento significativo em comparação aos 12,8% registrados em novembro.

O resultado alarmante reflete uma série de medidas implementadas pelo governo de Javier Milei, que assumiu a presidência no mês passado. Vale ressaltar que a Argentina já enfrentava uma inflação elevada antes mesmo da posse de Milei, alcançando 148,2% no acumulado do ano em novembro.

A situação econômica dos argentinos é resultado de uma crise financeira e cambial, originada em desequilíbrios na balança de pagamentos. Dentre as medidas adotadas por Milei que contribuíram para a aceleração dos preços em dezembro, destaca-se o “Plano Motosserra”. Esse projeto inclui a desvalorização do peso, redução de subsídios e alterações em licitações.

Outra medida relevante foi o “decretaço”, anunciado em 20 de dezembro, que reformou ou revogou mais de 350 normas. Essas mudanças abrangem desde a desregulamentação do serviço de internet via satélite até a privatização de empresas estatais, impactando diretamente no mercado de trabalho e nos preços.

Em dezembro, as categorias que apresentaram as maiores altas para os consumidores argentinos foram Bens e Serviços (32,7%), Saúde (32,6%) e Transporte (31,7%). O “Plano Motosserra” e o “decretaço” fazem parte de um esforço para recompor as contas públicas, ainda que esse ajuste fiscal possa inicialmente agravar os índices de inflação e atividade econômica.

A instabilidade econômica na Argentina continua a ser um desafio, e as medidas implementadas pelo governo de Milei geram debates sobre o equilíbrio entre a necessidade de reformas e os impactos imediatos na população.

Fonte: G1

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui