Investigação da PF aponta que Renato Cariani usava nomes de crianças para fraudar compra de hormônio de crescimento

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Uma investigação conduzida pela Polícia Federal revelou novos detalhes sobre os esquemas fraudulentos envolvendo o influenciador fitness Renato Cariani. De acordo com o inquérito, Cariani estava envolvido em diversas atividades ilícitas, incluindo a fraude na compra de medicamentos, como o hormônio de crescimento Norditropin, conhecido como “GH”, usando nomes de crianças.

As trocas de mensagens entre Cariani e uma mulher identificada como Elen, sua parceira de negócios, foram anexadas ao inquérito como prova das irregularidades cometidas pelo influenciador. Em uma das mensagens, Cariani solicita que Elen forneça dois nomes de crianças com os dados dos pais para facilitar a compra irregular do medicamento.

Em janeiro deste ano, a Polícia Federal concluiu o inquérito contra Renato Cariani e mais dois amigos, Fabio Spinola Mota e Roseli Dorth, pelos crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O trio é acusado de utilizar uma empresa para falsificar notas fiscais de vendas de produtos para multinacionais farmacêuticas, desviando os insumos para a fabricação de cocaína e crack.

Renato e Roseli são sócios da Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda., empresa sediada em Diadema, na Grande São Paulo. Apesar do indiciamento, nenhum dos três investigados teve prisão decretada e todos respondem em liberdade.

A investigação da PF começou após a Receita Federal identificar depósitos suspeitos feitos pela AstraZeneca para a Anidrol, totalizando mais de R$ 200 mil. A multinacional negou qualquer relação comercial com a empresa de Renato Cariani e sua sócia.

A operação Oscar Hinsberg, realizada no ano passado pela Polícia Federal, cumpriu mandados de busca e apreensão em imóveis ligados aos suspeitos. Equipamentos eletrônicos e outros objetos foram apreendidos e analisados pelos peritos.

O delegado Vitor Beppu Vivaldi, da Delegacia de Repressão a Drogas da Polícia Federal em São Paulo, conduziu a investigação, que continua em andamento para identificar outros possíveis envolvidos no esquema criminoso.

Fonte: G1

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