Nesta quinta-feira (12), Israel anunciou que não fará exceções humanitárias em seu cerco à Faixa de Gaza até que todos os reféns israelenses sejam libertados. Essa decisão surge como resposta a um apelo da Cruz Vermelha para permitir a entrada de combustível na região, a fim de evitar que hospitais, já sobrecarregados, se tornem inoperantes.
O cerco israelense à Faixa de Gaza foi intensificado após um ataque perpetrado pelo movimento Hamas, que governa a região, considerado o mais mortal contra civis judeus desde o Holocausto. No último sábado (7), centenas de homens armados cruzaram a barreira e invadiram cidades israelenses. Segundo a emissora pública Kan, o número de mortos israelenses aumentou para mais de 1.300 desde então, sendo a maioria civis mortos a tiros em suas casas, nas ruas ou em uma festa eletrônica. Israel alega ter identificado 97 reféns israelenses e estrangeiros que foram levados de volta para Gaza.
A gravidade da situação veio à tona nos últimos dias, à medida que as forças israelenses retomaram o controle das cidades atacadas pelo Hamas e encontraram casas repletas de corpos, incluindo mulheres que teriam sido estupradas e mortas, e crianças baleadas e queimadas.
Em resposta aos ataques, Israel impôs um cerco total a Gaza, onde residem cerca de 2,3 milhões de pessoas, e lançou uma campanha de bombardeio devastadora. As autoridades de Gaza relatam mais de 1.200 mortos e mais de 5.000 feridos devido aos bombardeios. A falta de energia elétrica e de combustível para os geradores de emergência nos hospitais está causando um colapso nos serviços de saúde da região.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha alertou que o combustível que alimenta os geradores de emergência nos hospitais pode se esgotar em poucas horas, colocando em risco a vida de recém-nascidos em incubadoras, pacientes idosos que necessitam de oxigênio e interrompendo tratamentos médicos essenciais.
O ministro israelense da Energia, Israel Katz, afirmou que não haverá exceções ao cerco até que os reféns israelenses sejam libertados, destacando que não haverá concessões em relação à ajuda humanitária enquanto essa condição não for cumprida. A situação continua a evoluir, com a comunidade internacional buscando uma solução para aliviar o sofrimento dos civis na região.