A decisão da Justiça em manter o advogado Nauder Júnior Alves Andrade pronunciado a júri popular por tentativa de feminicídio contra a namorada, em Cuiabá, foi confirmada pelo juiz Marcos Terencio Agostinho Pires, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. O crime ocorreu em um condomínio da Capital, onde a vítima foi agredida com socos, chutes e golpes de barra de ferro. O advogado foi pronunciado em dezembro do ano passado, e a juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa manteve sua prisão para garantir a ordem pública e a segurança da vítima, além da conveniência da instrução criminal.
Na tentativa de modificar a sentença de pronúncia, a defesa buscava desclassificar o crime para lesão corporal ou afastar as qualificadoras de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. No entanto, o Ministério Público Estadual (MPE) apresentou contrarrazões, sustentando a prática do crime e a presença das qualificadoras.
O juiz justificou a decisão de manter a pronúncia, destacando a ausência de argumentação diversa da já apreciada e a falta de justificativa para a reforma da sentença.
O caso é descrito na denúncia do MPE, onde o advogado, usuário de entorpecentes, agrediu a vítima após tentar manter relações sexuais e enfrentar sua recusa. Utilizando uma barra de ferro, ele a golpeou e enforcou, impedindo-a de deixar a casa por horas. A vítima conseguiu escapar e buscar socorro, sendo levada ao hospital onde foi constatada sua sorte por sobreviver às agressões.
Fonte: G1