O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante um encontro bilateral em São Vicente e Granadinas, nesta sexta-feira (1º), que eleições serão realizadas no segundo semestre deste ano em seu país. A declaração ocorre em meio a incertezas sobre a data exata do pleito, embora Maduro tenha garantido que será concretizado, mesmo diante de medidas que visam enfraquecer seus opositores.
Em 2021, o regime de Caracas inabilitou eleitoralmente María Corina Machado, principal adversária do líder venezuelano, levantando dúvidas sobre a legitimidade do processo eleitoral. No entanto, Machado, apesar de considerada inelegível por 15 anos, permanece determinada em sua candidatura presidencial.
Os Estados Unidos suspenderam temporariamente as sanções ao petróleo venezuelano em resposta a um acordo eleitoral entre Maduro e a oposição. No entanto, a retomada das sanções ocorreu em janeiro após o principal tribunal da Venezuela manter o veto à candidatura de Maria Corina Machado.
O encontro entre Lula e Maduro acontece em um contexto regional tenso, com a crise na Faixa de Gaza em destaque. Lula aproveitou a ocasião para propor uma moção pelo fim imediato dos ataques de Israel ao território palestino.
Maduro, por sua vez, ressaltou a importância da integração regional e defendeu um mundo mais solidário entre os povos latino-americanos e caribenhos. O líder venezuelano desembarcou em São Vicente e Granadinas acompanhado da primeira-dama, Cilia Flores, consolidando sua participação na cúpula da Celac.
Além das questões regionais, Lula e Maduro abordaram a reintegração da Venezuela à geopolítica mundial, com Lula defendendo uma perspectiva mais ampla sobre a democracia. O encontro acontece após uma série de reuniões entre representantes dos dois países, mediadas por autoridades brasileiras, em uma tentativa de abordar questões bilaterais e regionais.
Fonte: MidiaNews