O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), voltou a criticar a postura de lideranças europeias que pressionam para que a legislação brasileira se adapte aos interesses estrangeiros para dar prosseguimento ao acordo entre a União Europeia e o Mercosul. Em vídeo publicado no Instagram , o governador foi incisivo: “Não vamos aceitar gringos insultando as leis do nosso país”.
Mauro falou sobre o assunto durante o 22° Fórum Empresarial LIDE, no Rio de Janeiro, nessa quinta-feira (29).
“Nós não podemos ser submetidos a uma legislação já citada aqui da União Europeia, que não respeita a lei brasileira. Isso é um desrespeito ao Congresso Nacional, um desrespeito ao nosso Código Florestal, que é seguramente a lei ambiental mais restritiva, mais protetiva ao meio ambiente que existe no planeta. Aquilo que nós temos no Brasil talvez nenhum país relevante desse planeta temem termo de organização para proteger o meio ambiente”, disse.
O chefe do Executivo Estadual ainda defendeu o banimento de organizações não governamentais estrangeiras que não respeitem a legislação brasileira.
“Não podemos aceitar que alguém venha dentro do nosso país, dentro da nossa casa, nos insultar, desrespeitando a lei brasileira que ataca profundamente os nossos direitos”, disse.
“Na perspectiva do estado de Mato Grosso, nós temos um futuro brilhante pela frente. Conseguimos construir um modelo de competitividade que nos permite olhar para o horizonte no médio e longo prazo, com muito otimismo. Não tenho dúvida que nós vamos liderar o mundo cada vez mais na produção de alimentos”, acrescentou.
O governador recordou que Mato Grosso é o maior produtor de alimentos do Brasil e que, apesar da produção em larga escala, o estado consegue preservar 62% do território.
“Esses 62% estão intactos e iguais estavam há mais de 500 anos, quando Pedro Álvares Cabral chegou aqui. Se nós olharmos para os Estados Unidos, o grande produtor é a Califórnia, que tem apenas 26% de preservação. Se olharmos para a China, a província chinesa que mais produz alimentos preserva apenas 11%. Ninguém tem o que nós temos aqui, mas essa narrativa é um grande desafio que temos que saber lidar”, pontuou.
Mendes lembrou que Mato Grosso e o Brasil utilizam prioritariamente matrizes sustentáveis de geração de energia, enquanto as potências européias aumentam o consumo de cargão.
“40% das emissões mundiais de carbono são feitas pela queima de combustíveis e principalmente pela queima de carvão. Grande parte desses países que apontam o dedo para o Brasil, nas últimas décadas aumentaram o consumo e o uso dessas matrizes energéticas. Enquanto isso, nós temos mais de 90% da nossa matriz renovável, limpa”, concluiu.