Israel Rejtman, um dos proprietários da Fazenda Curuá Madeireiras do Amazonas LTDA e dono de outras quatro empresas, recebeu 16 parcelas do auxílio emergencial do governo federal brasileiro entre 2020 e 2021, segundo uma investigação realizada pelo conexaomt em bases de dados públicos. O auxílio tinha como objetivo fornecer suporte financeiro aos mais vulneráveis durante a pandemia de COVID-19. Rejtman foi recentemente defendido por Deputados Estaduais e uma Deputada Federal após uma ação da SEMA/MT, na qual vários maquinários de sua propriedade foram queimados.
Israel Rejtman, que é proprietário da Fazenda Curuá Madeireiras do Amazonas LTDA e de outras quatro empresas, recebeu dezesseis parcelas do Auxílio Emergencial do governo federal. O auxílio, também conhecido como Caixa Auxílio Emergencial ou coronavoucher, foi concebido como uma renda mínima temporária para pessoas economicamente vulneráveis durante a pandemia de COVID-19.
Os detalhes do recebimento do auxílio emergencial por Rejtman foram revelados após uma investigação em bases de dados públicos realizada pelo conexaomt. Os deputados estaduais Wilson Santos (PSD), Janaina Riva (MDB), Gilberto Cattani (PL) e a Deputada Federal Amália Barros (PL) defenderam avidamente Rejtman após uma ação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Mato Grosso (SEMA/MT), onde vários maquinários da propriedade foram queimados.
Além da Fazenda Curuá, Rejtman possui outras quatro empresas: Park Ipiranga Incorporadora e Securitizadora SPE S.A. (onde atua como Conselheiro de Administração), Rejtman Empreendimentos e Participações (onde figura como sócio administrador), além da filial da Curuá Madeiras do Amazonas, com sede em Nova Ubiratã e a matriz da Curuá, em Sinop.
Nota emitida pela SEMA-MT sobre o caso:
Sobre a fiscalização da Sema na fazenda Curuá Madeireiras do Amazonas Ltda, de 11 mil hectares, no município de Marcelândia, a Secretaria de Meio Ambiente esclarece que trata-se de propriedade que de forma reiterada tem cometido crimes ambientais.
Esta foi a 6ª fiscalização realizada no local por causa de desmatamento ilegal:
• 2019 – Auto de infração por exploração de madeira em toras com aplicação de multa de R$ 60 mil e apreensão de maquinários (2 tratores, 1 caminhão e 4 motosserrras)
• 2019 – Auto de infração por exploração de floresta nativa em área de reserva legal com aplicação de multa de R$ 3,4 milhões e embargo 687 hectares;
• 2021 – Auto de infração por desmatamento ilegal com multa de R$ 1,4 milhão e embargo de 290 hectares;
• 2022 – Auto de infração por desmatamento ilegal com aplicação de multa de R$ 2,7 milhões e área embargada de 558 hectares.
• 2022 – Exploração ilegal da floresta com aplicação de multa de R$ 26 milhões mais o embargo de 5.340 mil hectares e a apreensão de um trator e uma motosserra, além da destruição de um trator que estava com defeito.
• 2023 – Neste dia 3 de agosto foi feita a fiscalização na área com a destruição de equipamentos, conforme prevê a Lei Federal de Crimes Ambientais n° 9.605/1998, porque estava difícil a sua remoção. Os fiscais ainda estão na área fazendo o auto de infração.