O governador Mauro Mendes (União) revelou que a princípio não pretende realizar nenhuma operação de crédito para acelerar a duplicação da BR-163. Essa decisão se deve ao alto valor que seria necessário, beirando os R$ 6 bilhões, e à alta dos juros.
A duplicação da BR-163 foi pausada em 2016. Com 850 quilômetros de extensão, percorrendo de Itiquira a Sinop, o trecho foi concedido à iniciativa privada em 2014, ficando sob responsabilidade da concessionária Nova Rota do Oeste.
A concessionária, no entanto, suspendeu as obras de duplicação porque os bancos públicos não concederam um financiamento de longo prazo.
“É uma obra que vai demandar de investimento mais de R$ 5 bilhões, quase 6. Buscar um empréstimo para fazer a execução completa de todas as obras não está no radar do governo, não agora que os juros estão muito altos”, explicou.
A Nova Rota do Oeste anteriormente era uma empresa privada. Atualmente, atua no regime misto, sendo constituída pelo Estado, através da MT Par, e por sócios privados, mas administrada integralmente pelo Governo de Mato Grosso.
Quando o Governo tornou-se gestor da concessionária, Mendes estabeleceu como um dos principais objetivos a duplicação da estrada. Para isso, foi disponibilizado um aporte inicial de R$ 1,6 bilhão. O governador, no entanto, destacou que não descarta a possibilidade de, futuramente, pedir empréstimo para a execução das obras.
“Compreendo que é um tema de difícil assimilação pela grande maioria. É uma empresa que era privada, se tornou uma empresa de economia mista com controlador 100% do governo”.
“Com uma empresa de economia mista e tendo receita garantida pelos próximos quase 30 anos, é natural que [pedir empréstimo] possa acontecer em algum momento”, concluiu.
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