Mercado financeiro prevê mais cortes na taxa Selic; inflação e PIB também em foco

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Após o corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, que reduziu os juros básicos da economia brasileira de 13,75% para 13,25% ao ano, as instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) preveem mais reduções até o final de 2023. De acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo BC nesta segunda-feira (7), a previsão é que a taxa encerre o ano em 11,75%, abaixo da previsão anterior de 12%.

Para o fim de 2024, a expectativa é que a taxa básica de juros caia para 9% ao ano. Já para 2025 e 2026, a projeção é de 8,5% ao ano.

A forte queda da inflação levou o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC a cortar os juros pela primeira vez em três anos. Antes disso, a Selic havia sido elevada por 12 vezes consecutivas em resposta à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis.

Inflação

O Boletim Focus manteve a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, em 4,84% para este ano, acima do teto da meta de 4,75%. Para os próximos anos, as projeções são de 3,88% em 2024 e 3,5% em 2025 e 2026. Em junho, o país registrou deflação, com o IPCA ficando negativo em 0,08%, marcando o quarto mês seguido de perda de força na inflação.

PIB e Câmbio

A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi ligeiramente revisada para cima, de 2,24% para 2,26% neste ano. Para 2024, a projeção é de crescimento de 1,3%. Nos anos subsequentes, as expectativas são de expansão de 1,9% e 2% para 2025 e 2026, respectivamente.

Em relação ao câmbio, as instituições financeiras preveem que a cotação do dólar encerre este ano em R$ 4,90 e em R$ 5,00 para o fim de 2024.

Selic e a Economia

A taxa Selic é uma ferramenta importante do BC para controlar a inflação. Quando a Selic é aumentada, a demanda é contida, pois os juros mais altos encarecem o crédito. Ao contrário, uma redução na Selic torna o crédito mais barato, incentivando a produção e o consumo.

O movimento da Selic influencia o crédito e a poupança, mas outros fatores como risco de inadimplência e despesas administrativas também afetam as taxas cobradas dos consumidores. Assim, taxas mais altas podem restringir a expansão econômica, enquanto taxas mais baixas podem estimular a atividade.

Essas previsões e movimentos na taxa Selic ilustram o delicado equilíbrio que o BC busca manter entre o controle da inflação e o estímulo à economia, em meio a um cenário complexo marcado por incertezas domésticas e globais.

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