Após passar cerca de 7 horas depoendo à Polícia Federal sobre o suposto roteiro de golpe em curso durante o governo Bolsonaro, o ex-comandante do Exército, Freire Gomes, enfrenta uma onda de críticas por parte de militares e apoiadores do presidente. Investigadores afirmam que Gomes desempenhou um papel crucial ao evitar o golpe, porém, isso não impediu que um grupo organizasse uma estratégia para desacreditá-lo.
Como testemunha colaboradora das investigações, Freire Gomes forneceu informações valiosas, suscitando preocupações entre os golpistas sobre possíveis detalhes relacionados à discussão da minuta do golpe e ao papel do Ministério da Justiça. Essa colaboração não foi bem recebida por setores que apoiam Bolsonaro, levando-os a disseminar mensagens e vídeos com o objetivo de denegrir a imagem de Gomes.
Em um dos vídeos compartilhados entre militares, aliados do presidente sugerem que o general teria traído Bolsonaro ao supostamente não agir para esvaziar os acampamentos golpistas. A estratégia adotada pelos irritados bolsonaristas é tentar atribuir a Freire Gomes a omissão nesse aspecto, visando enfraquecer sua credibilidade.
O depoimento de Freire Gomes à PF foi considerado esclarecedor pelas autoridades, especialmente no que diz respeito ao papel do Ministério da Justiça na época. Agora, as investigações esperam fechar o enredo do suposto golpe, cruzando as informações obtidas com o depoimento de Gomes e de Mauro Cid, este último será chamado novamente para confirmar os detalhes levantados pela PF sobre as minutas do golpe.