O governador Mauro Mendes (União Brasil) apontou que, em Mato Grosso, há atuação em invasões no campo por parte de grileiros de terras, e não apenas do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), como investigado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados. A fala foi feita em um comentário sobre a CPI do MST em entrevista à Jovem Pan News, nesta quarta-feira (14).
Mauro disse respeitar qualquer tipo de reivindicação, e que “vivemos em um país democrático”. Apontou a importância do MST ao longo de sua história, mas avaliou que o grupo “cometeu alguns exageros, invasões, coisas que eu considero inapropriadas para o passado, o presente e o futuro do nosso país”.
Na fala, o governador lembrou uma tentativa de invasão a uma fazenda em Ribeirão Cascalheira, no final de maio. O grupo de 12 pessoas tinha uma estrutura considerada “milionária” pela Polícia Militar, incluindo conteinêres, e havia dois policiais militares da reserva em meio aos invasores.”
“Outro dia nós pegamos aqui uma invasão em que os caras chegaram lá para invadir uma terra e tinha contêiner com ar-condicionado, carreta, carros de luxo… para invadir uma terra. E não teve moleza não, a polícia chegou e prendeu todo mundo. Todas as invasões que tentaram fazer aqui em Mato Grosso neste ano, todas nós atuamos em 24 horas com Polícia Civil e Militar, prendemos, levamos para a delegacia e as pessoas estão respondendo por esbulho possessório”, recordou.
Para Mauro, a CPI do MST pode ter um papel importante, mas isse que “o Congresso tem que tomar cuidado porque tantas e tantas CPIs já foram feitas nesse país e muitas vezes o resultado foi muito aquém daquilo que poderia ser e, principalmente, daquilo que a população espera”.
Midia Jur