Negligência e imprudência causaram acidente aéreo que vitimou Marília Mendonça, conclui Polícia Civil

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Avião em que morreu a cantora sertaneja Marília Mendonça, em novembro de 2021, em Minas Gerais. CENIPA divulgou relatório sobre as causas do acidente. Foto: Youtube/Wikimedia Commons

A Polícia Civil de Minas Gerais determinou que o acidente aéreo ocorrido em 5 de novembro de 2021, no qual a renomada cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas perderam a vida, foi causado por negligência e imprudência. O piloto e o copiloto, ambos falecidos no acidente, foram identificados como culpados por homicídio culposo. Contudo, devido ao falecimento dos responsáveis, o inquérito foi arquivado.

A queda da aeronave Beech Aircraft ocorreu próximo a uma cachoeira em Piedade de Caratinga, pertencente ao município de Caratinga, instantes antes do planejado pouso.

Ao investigar as possíveis causas do acidente, a Polícia Civil desconsiderou diversas hipóteses. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) afastou a possibilidade de falha técnica no avião. Já o Instituto Médico Legal eliminou a chance de que os pilotos tenham sofrido algum mal súbito. Também foi descartada a ideia de um potencial atentado.

O choque fatal com uma torre de transmissão de energia, que não estava sinalizada, foi determinante para o desastre. Entretanto, conforme a Polícia Civil, a sinalização não era um requisito devido à altura da torre e sua distância da área de proteção do aeroporto.

O delegado de Caratinga, Ivan Lopes, ressaltou que os manuais da aeronave indicavam que os pilotos deveriam identificar previamente a presença de obstruções como morros e antenas. “Era responsabilidade dos pilotos realizar essa análise prévia”, afirmou Lopes. Ele ainda apontou que existiam cartas aeronáuticas que destacavam a existência de torres na região.

O advogado dos pilotos, procurado pela Agência Brasil, não emitiu nenhum comentário até o fechamento desta matéria.

Peterson Prestes

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