A escalada de conflitos entre Israel e o Hamas continua a causar devastação na Faixa de Gaza. Nas últimas 24 horas, os bombardeios israelenses resultaram na perda de mais de 80 vidas, conforme anunciado pelo Hamas nesta terça-feira (14). Além disso, cerca de 450 mil palestinos foram forçados a fugir de áreas atingidas, especialmente em Rafah, onde Israel ameaça lançar uma grande ofensiva.
Este prolongado conflito, que já dura oito meses, ocorre em meio às celebrações de Israel pelo seu 76º aniversário de fundação.
Na Faixa de Gaza, a população civil enfrenta uma realidade desoladora, com constantes deslocamentos e a ausência de locais seguros. Mesmo com a tentativa de retorno às rotinas diárias, as pessoas são obrigadas a deixar suas casas em busca de abrigo.
Relatos e testemunhos confirmam a intensidade dos ataques em várias partes de Gaza, incluindo a cidade de Rafah, onde a maioria dos habitantes está concentrada. O saldo trágico desses ataques elevou o número total de mortos desde o início do conflito para 35.173, a maioria composta por civis, conforme dados do Ministério da Saúde do Hamas.
A Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA) descreve a situação dos deslocados como extremamente difícil, com pessoas exaustas, famintas e vivendo constantemente com medo.
O cenário em Rafah é particularmente crítico, com relatos de bombardeios contínuos e combates entre as tropas israelenses e membros do Hamas. A entrada de comboios humanitários foi bloqueada, agravando ainda mais a crise humanitária na região.
No entanto, a perspectiva de uma grande ofensiva israelense em Rafah preocupa a comunidade internacional. Enquanto Israel busca eliminar as últimas células do Hamas na região, Estados Unidos e outros países expressam preocupação com o impacto humanitário dessa ação.
Enquanto isso, os esforços para alcançar uma trégua estão estagnados, com o diálogo entre Israel e o Hamas retrocedendo devido à recente operação em Rafah.
A situação em Gaza é cada vez mais desesperadora, com a população enfrentando não apenas os horrores da guerra, mas também uma crise humanitária de proporções alarmantes.
Fonte: IstoÉ