A situação de segurança no Equador atingiu níveis alarmantes nesta terça-feira (9), marcada por uma série de eventos, incluindo a invasão de uma universidade em Guaiaquil e uma emissora de TV local. A crise, que teve início em 2023, quando a eleição presidencial foi antecipada, atingiu um novo patamar com esses recentes episódios.
Os ataques envolveram não apenas invasões, mas também sequestros, explosões na província de Esmeraldas e a suspensão das aulas presenciais em todo o país até a próxima sexta-feira (12) pelo Ministério da Educação. Esses eventos ocorrem dois dias após a fuga do líder dos Los Choneros, uma das facções criminosas mais temidas do país, da prisão.
A crise teve seu ponto inicial em agosto de 2023, quando a eleição presidencial, originalmente programada para 2025, foi antecipada após a dissolução da Assembleia Nacional. Às vésperas da votação, o candidato presidencial Fernando Villavicencio foi assassinado a tiros em um comício.
Após a fuga de José Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito, o governo declarou estado de exceção, permitindo que as Forças Armadas apoiassem as operações policiais. A situação atingiu um novo patamar com a invasão à emissora de TV, onde reféns foram mantidos, incluindo um brasileiro.
O presidente Daniel Noboa declarou 22 grupos como terroristas e, simultaneamente, decretou estado de exceção e conflito armado interno. Este último decreto autoriza a intervenção militar e policial contra facções criminosas.
O estado de exceção impõe restrições significativas, incluindo toque de recolher das 23h às 5h e a suspensão de direitos como locomoção, reunião e privacidade de domicílio. Este é o primeiro estado de exceção decretado pelo presidente Noboa, que assumiu o cargo há menos de dois meses.
A situação torna-se mais complexa diante da denúncia de sequestro de um brasileiro no Equador, com a família relatando o pagamento parcial do resgate e apelando desesperadamente por ajuda.
A escalada da violência no Equador gera preocupações e reflexões sobre a segurança pública no país, com a população vivenciando uma onda de insegurança, influenciando até mesmo a política equatoriana e as ações do governo para conter a violência.
Fonte: G1