Na tarde de quarta-feira (2), uma operação conjunta de alto risco foi montada pela Polícia Federal, em cooperação com o Bope, a Polícia Civil e a Ciopaer. O objetivo era a transferência de um perigoso traficante apelidado de “intocável do pó”. Segundo informações, um grupo de 15 a 20 indivíduos estava armado e preparado para realizar um audacioso resgate.
O traficante em questão, um suposto alto oficial do PCC, estava temporariamente detido no presídio de Mirassol D’Oeste. A inteligência da Polícia Civil descobriu a tempo o plano de resgate organizado pelos comparsas sob seu comando.
Apesar de sua reputação de “intocável”, o traficante, cujo nome não foi revelado, foi efetivamente alcançado pelas forças de segurança. A PF honrou o apelido que o criminoso se gabava e batizou a operação como ‘Intocável’.
Além da ação de transferência, a Polícia Federal deflagrou a Operação Intocável com a finalidade de desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em Mato Grosso. Em três cidades do estado, foram cumpridos treze mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão, todos expedidos pela 4ª Vara Criminal de Cáceres/MT.
As autoridades ainda executaram a ordem de sequestro de bens e valores, incluindo veículos, aeronaves, gado e fazendas, pertencentes ao principal investigado, que estavam registrados em nome de terceiros e familiares.
A investigação revelou que os membros da organização criminosa viviam um padrão financeiro incompatível com suas rendas declaradas, ostentando viagens de luxo e veículos de alto padrão. O Batalhão de Operações Especiais (Bope/MT) e o 17º Batalhão de Polícia Militar de Mirassol D’Oeste-MT, apoiaram a operação.
Thiago Pereira da Silva, o alvo principal da Operação Intocável e líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foi preso durante a semana e transferido com urgência para o Sistema Penitenciário Federal após rumores de uma tentativa de resgate. Após passar pelo Sistema Penitenciário Federal, ele será encaminhado para um Presídio de Segurança Máxima.
Os policiais federais cumpriram 17 ordens judiciais nas cidades de Mirassol D’Oeste, Porto Esperidião e Sapezal, sendo que o delegado da PF revelou que, além de ostentar um alto padrão de vida, o líder da organização também exibia armas de alto calibre nas redes sociais. As ações de combate ao narcotráfico continuarão, com especial atenção à prisão de lideranças e descapitalização de organizações criminosas.