Operação Iterum: PF investiga esquema milionário de desvio de recursos na Saúde de Cuiabá

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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a Operação Iterum, que tem como alvo um suposto esquema de corrupção na Saúde de Cuiabá, envolvendo contratos na área de tecnologia da informação. Entre os investigados estão o ex-secretário adjunto de Saúde de Cuiabá, Gilmar Souza Cardoso, e o empresário Antônio Fernando Ribeiro Pereira, da Log Lab Inteligência Digital.

A investigação identificou incongruências e irregularidades na execução de um contrato de serviços de tecnologia, mantido pelo município entre 2017 e 2022 com uma empresa de informática. O prejuízo do esquema pode ter alcançado pelo menos R$ 13 milhões.

A Controladoria Geral da União (CGU) aponta que R$ 13,3 milhões em recursos federais foram pagos sem comprovação da prestação de serviços. As penas para os crimes investigados, que incluem corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitação, podem chegar a 30 anos de reclusão.

Dentre as empresas investigadas está a Log Lab Inteligência Digital, a qual foi contratada para fornecer serviços à Empresa Cuiabana de Saúde Pública, ligada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Também estão sendo investigadas a Global Genesis Tecnologia e serviços e sua proprietária, Geanatan Andrade Mota. A suspeita é de que a Global Genesis seja uma empresa “laranja” da Log Lab, visto que ambas compartilham o mesmo endereço e Mota atua em ambas.

Danilo Pereira Sampaio, que assumiu a empresa em 2021, é outro nome sob investigação, embora não tenha sido alvo direto da operação.

Documentos judiciais indicam indícios de direcionamento na contratação da Log Lab e apontam falhas na gestão dos contratos. Em particular, a falta de evidências claras de prestação de serviços e justificativas para as prorrogações contratuais.

Empresas sem ligação aparente com o setor de atuação da Log Lab também são suspeitas de atuar como fachadas para esconder os verdadeiros beneficiários do dinheiro desviado. A Global Genesis Tecnologia e Serviços é citada como exemplo dessa prática.

O juiz federal Jeferson Schneider, da Quinta Vara Federal de Cuiabá, que assinou a decisão, autorizou busca e apreensão de provas, sequestro de valores, entre outras medidas, tendo em vista as evidências encontradas.

A operação prossegue com o objetivo de aprofundar as investigações e esclarecer todos os fatos relacionados ao suposto esquema de corrupção.

Da Redação

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