Operação Loki: Gaeco afasta servidores acusados de fraude ambiental e lavagem de dinheiro

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O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) desencadeou a Operação Loki nesta quinta-feira (31), resultando no afastamento de dois servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Eles são acusados de fraudar cadastros ambientais e movimentar grandes somas de dinheiro ilicitamente.

Detalhes das Acusações

Um dos servidores, que em 2019 recebia uma remuneração líquida mensal de R$ 11.602,82, é suspeito de ter movimentado mais de R$ 12 milhões em sua conta bancária. Desse montante, pelo menos R$ 798.521,36 foram depositados em espécie. A juíza Ana Cristina Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, expediu mandados de sequestro de três propriedades rurais e quatro veículos pertencentes aos investigados.

O Esquema

O Gaeco alega que o esquema envolvia a aprovação de Cadastros Ambientais falsos e a alteração da fitofisionomia vegetal. Isso permitiria que propriedades em áreas da floresta amazônica aumentassem a área de desmatamento em até 65%. O dano ambiental calculado até o momento é de R$ 495 milhões, além de um sequestro financeiro de R$ 500 milhões relacionado a desmatamentos ilegais em 20 mil hectares.

Outros Envolvidos

As investigações também apontam o envolvimento de terceiros no esquema fraudulento. Atualmente, existem treze ações penais em andamento na 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, contra 61 pessoas acusadas de fraudes em cadastros ambientais e tipologias de vegetação.

Consequências e Itens Apreendidos

Os dois servidores e uma terceira pessoa serão responsabilizados por lavagem de dinheiro, decorrente dos outros crimes cometidos. Durante as buscas, foram apreendidos R$ 86 mil em espécie, além de veículos, documentos e computadores em mandados anteriores. Um dos réus usava até mesmo uma empresa de propriedade de sua esposa para ocultar a origem ilícita dos fundos.

A Operação Loki expõe uma complexa rede de corrupção que não apenas compromete o meio ambiente, mas também coloca em questão a integridade de sistemas e processos estatais. Os casos em curso podem levar a consequências significativas para todos os envolvidos e servir como um alerta sobre a urgente necessidade de maior fiscalização e transparência nas atividades relacionadas ao meio ambiente.

Peterson Prestes

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