Uma briga de família terminou com Sérgio Filho Gomes, de 52 anos, assassinado a facadas pelo filho, na noite do último sábado, em Matupá (a 695 km de Cuiabá).
O autor do crime, um homem de 30 anos, identificado pelas iniciais P.A.G., foi preso e autuado em flagrante por homicídio. Ele foi solto pela Justiça sob a suposição de que ele tenha agido em legítima defesa e da família.
Segundo a Polícia Civil, Sérgio é quem teria provocado toda a briga. Ele estava consumindo bebida alcoólica desde a noite anterior, na sexta. Em uma reunião familiar, ele teve um desentendimento com um homem que estava na reunião.
Sérgio se armou com uma faca e disse que iria matar o homem . A cunhada pediu que o homem saísse de casa para evitar um mal maior. Após conseguir fugir, Sérgio pegou outra faca e foi em direção à esposa, que correu para dentro de casa e pediu socorro ao seu filho.
A cunhada tentou desarmar Sérgio, mas foi ferida nas duas mãos. O esposo dela também foi ferido com um golpe no lado esquerdo do peito e outro na mão. Pouco depois, chegou o filho P.A.G., que viu os tios caídos no chão e ensanguentados.
Pai e filho entraram em luta corporal. Sérgio tentou desferir facadas no filho, mas P.A.G. conseguiu segurar a mão do pai, torcê-la e tomar a faca. Ele desferiu 15 golpes.
Sérgio foi socorrido com vida e encaminhado para o Hospital Municipal de Matupá. Mas, durante o registro do boletim de ocorrência, ele morreu em decorrência dos ferimentos. O filho, que já tinha sido preso, foi autuado em flagrante por homicídio doloso.
Em audiência de custódia, o juiz Alexandre Sócrates Mendes, da Comarca de Matupá, deu a liberdade provisória ao citar que P.A.G. não tem antecedentes criminais e também por não ser uma pessoa violenta para a sociedade.
“De acordo com as provas inquisitoriais até aqui amealhadas, o autuado pode ter agido, em tese, em legítima defesa. Já em se tratando da garantia da aplicação da lei penal e a garantia da instrução processual, entendo que também não restaram indícios concretos que serão prejudicados com a sua liberdade”, diz.
O caso segue sob investigação.
MIDIAJUR