A Polícia Federal (PF) apreendeu uma lista na residência do ex-secretário de Ciências e Tecnologia e Inovação de Mato Grosso (Seciteci), Nilton Borgato, com nomes de políticos do Partido Social Democrático (PSD) e Progressistas (PP). Ainda foram apreendidas duas intimações de cobrança de notas promissórias do 4º Serviço Notorial de Cuiabá em nome do senador Carlos Henrique Baqueta Fávaro.
Também foram apreendidas três folhas contendo tabelas com nomes, números de notas fiscais e valores, intituladas “lista pagamento da gráfica”, “lista dos candidatos PSD” e “lista dos candidatos PP”, encontradas em seu quarto.
As listas foram encontradas durante a ‘Operação Descobrimento’, deflagrada no mês de março. Borgato foi preso pela Polícia Federal e seria responsável por realizar o transporte do entorpecente para a Europa, junto à doleira Nelma Kodama e a um membro do alto escalão da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ainda foram localizados três comprovantes de depósitos bancários, com as inscrições praticamente apagadas, em nome de Auto Comércio de Veículos, no valor de R$ 43,7 mil e R$ 50. O terceiro favorecido foi o funcionário público federal Ricardo Agostinho, integrante do primeiro escalão da organização criminosa, no valor de R$ 52 mil. Todos os comprovantes estavam grampeados a um pedaço de papel contendo valores, todos encontrados no quarto de Nilton.
Borgato é filiado ao PSD e pré-candidato a deputado federal pela legenda. Foi cotado como um dos principais candidatos do partido para a disputa de outubro. Ele foi preso suspeito de integrar a alta cúpula da organização criminosa que fazia parte de um esquema de tráfico internacional de cocaína estabelecida entre Brasil e Portugal.
Já a assessoria do senador Carlos Fávaro informou que não irá se posicionar sobre o caso, já que o parlamentar não teve acesso aos documentos apreendidos pela PF.