Polícia aponta que Emanuel articulou transferência de pacientes para ‘lotar UTIs’ contratadas por R$ 1,9 mi na pandemia

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Um relatório da Polícia Civil revelou que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) teria coordenado a transferência de pacientes entre hospitais da rede municipal para aumentar a ocupação de leitos administrados pela empresa Vip Prestação De Serviços Médicos, pertencente ao ex-secretário adjunto de Saúde, Milton Corrêa. Esta empresa, envolvida na investigação, foi contratada por R$ 1,9 milhão para gerenciar 80 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados a pacientes com covid-19, durante o auge da pandemia.

De acordo com as investigações, Emanuel questionou o coordenador técnico de Farmácia na Secretaria Municipal de Saúde, Hércules Castilho, sobre a taxa de ocupação no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) por meio do WhatsApp. Após ser informado de que o HMC estava com uma ocupação de 32%, Emanuel sugeriu transferir pacientes do Hospital São Benedito para justificar a ocupação dos leitos gerenciados pela empresa de Milton.

O relatório policial cita uma conversa entre Emanuel e Hércules Castilho, datada de 12/07/2021, em que discutem a necessidade de justificar o contrato dos leitos de UTI. Após o diálogo, Emanuel afirmou que iria discutir a situação com o então secretário de Saúde, Célio Rodrigues.

Essas informações embasaram o inquérito policial que resultou no afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) de suas funções, na última segunda-feira (5). Ele é apontado como líder de uma organização criminosa que desviou recursos milionários da Saúde, com o objetivo de lesar os cofres públicos de forma coordenada.

Fonte: Gazeta Digital

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