Prefeito de Diamantino é Investigado por Exigência de Propina a Empresário Local

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Diamantino, um município em ascensão, foi recentemente palco de um escândalo envolvendo seu atual prefeito, Manoel Loureiro Neto (MDB). Imagens que circulam amplamente e que já estão sob análise da Justiça mostram o prefeito em um momento comprometedor: contando dinheiro, supostamente recebido como propina.

As acusações contra Manoel são graves. Ele teria usado sua posição como prefeito para pressionar Alessandro Souza de Carvalho, proprietário da Construtora Monte Alto Ltda. – vencedora de três licitações municipais – a realizar pagamentos ilícitos. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), a cobrança seria de 10% sobre cada pagamento realizado pela prefeitura à construtora.

O próprio empresário, conhecedor de Manoel por mais de três décadas, foi quem relatou a exigência de propinas, que segundo ele teriam iniciado em 2022. Em seu relato, Carvalho menciona que “O atual Prefeito de Diamantino passou a exigir […] pagamento de vantagem indevida”. Esses valores, ele afirmou, eram entregues diretamente ao prefeito ou, em sua ausência, a seu motorista de confiança, Fernando Tenório.

Para fortalecer sua alegação, Alessandro apresentou evidências ao MPE, incluindo conversas do aplicativo WhatsApp, áudios e vídeos. Entre as mensagens, uma se destaca: “Pagamos a sua nota. Depois fala comigo, tá. Consegue um documento pra hoje?”, referindo-se supostamente à propina. Em outro trecho, Manoel Neto comunica: “O dinheiro está na sua conta, está bom? […] Preciso do documento amanhã, antes do almoço, por favor”. Em um contexto adicional, em dezembro do último ano, o prefeito solicita que o pagamento seja feito a Fernando Tenório: “Daí entrega pro Fernando Tenório. Só ligar pra ele e combinar”.

Em meio à crescente pressão e evidências, em 8 de agosto, o desembargador Rondon Bassil Dower Filho autorizou medidas drásticas, incluindo mandados de busca pessoal, domiciliar e veicular, bem como quebra de sigilo bancário do prefeito e de Tenório. Tais medidas foram efetivamente executadas no dia 15.

Ao se referir ao caso, o desembargador Dower Filho classificou a acusação de “plausível”, acrescentando: “a tese ministerial […] encontra certa ressonância nos elementos encartados nos autos, mas ainda se afigura primordial aprofundar as diligências investigatórias”.

Os desdobramentos deste caso têm o potencial de reconfigurar o cenário político de Diamantino. Por enquanto, o município e seus cidadãos aguardam os próximos passos da investigação com expectativa e preocupação.

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