Havana, Cuba — Durante a Cúpula do G77 + China realizada em Havana, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas contundentes ao modelo de negócios das grandes empresas multinacionais de tecnologia. “Estas empresas acentuam a concentração de riquezas, desrespeitam as leis trabalhistas e, muitas vezes, fomentam violações de direitos humanos e extremismo”, afirmou Lula.
Desafios do Desenvolvimento
A cúpula deste ano, sob presidência cubana, tem como foco os “Desafios Atuais do Desenvolvimento: Papel da Ciência, Tecnologia e Inovação”. O grupo do G77, criado originalmente com 77 países membros em 1964, agora abriga 134 nações em desenvolvimento da Ásia, África e América Latina. Sua união com a China ocorreu nos anos 1990.
Condenação do Isolamento a Cuba
O presidente Lula começou seu discurso condenando o isolamento internacional imposto a Cuba. “Rechaçamos a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo”, declarou.
Pacto Global Digital e Financiamento Climático
Lula também se posicionou a favor do pacto global digital da Organização das Nações Unidas (ONU) e enfatizou a necessidade de financiamento climático para os países em desenvolvimento.
Agenda em Cuba e EUA
Após a cúpula, Lula terá encontros de trabalho com o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel. Esta é a primeira visita oficial de um chefe de Estado brasileiro a Cuba em nove anos. A próxima parada do presidente será em Nova York, onde ele abrirá o debate geral de chefes de Estado da 78ª Assembleia Geral da ONU.
Atividades Futuras
Lula também participará do lançamento de uma iniciativa global para promoção do trabalho decente, em colaboração com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Outras reuniões bilaterais, multilaterais e ministeriais também estão previstas durante sua estada nos Estados Unidos.
Peterson Prestes
