Márcia Pinheiro (PV), primeira-dama de Cuiabá, se pronunciou nesta sexta-feira (22) para refutar as alegações de difamação e injúria feitas contra ela pelo delegado Ruy Guilherme Peral da Silva, da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI). O inquérito foi instaurado a pedido do governador Mauro Mendes (União Brasil).
Durante um evento na capital mato-grossense, ao lado de ministros do Governo Lula (PT), Márcia afirmou: “Ele entrou com o processo, mas não vai dar continuidade porque eu só publiquei o que os outros fizeram. Eu não fiz fake news, eu não criei fake news, eu só repassei o que os outros produziram, inclusive de sites e jornais”. A primeira-dama também revelou que moveu ações legais contra o governador Mauro Mendes em outros contextos.
Não apenas Márcia foi indicada, mas o vereador Marcrean Santos (PP) e Sebastião Ferreira Filho, Relações Comunitárias da Prefeitura de Cuiabá, também enfrentam acusações similares pela DRCI. Agora, o inquérito foi enviado ao Ministério Público Estadual (MPE), que terá a responsabilidade de decidir se apresenta uma ação penal, arquiva o caso ou solicita mais investigações à Polícia Civil.
As acusações surgem a partir de um vídeo que criticava o Gabinete de Intervenção do Estado na Saúde de Cuiabá. O material audiovisual, intitulado “entenda a Intervenção na Saúde de Cuiabá: o que o Gov. Mauro Mendes quer esconder?”, foi originalmente compartilhado no WhatsApp por Marcrean e posteriormente publicado no Instagram da primeira-dama, Márcia. O delegado acredita que o trio compartilhou o vídeo com a intenção clara de prejudicar a imagem do governador.
Ainda não se sabe como o caso avançará no judiciário, mas é evidente que as tensões políticas na capital mato-grossense estão em alta.