Neste sábado, 23 de março, o Partido dos Trabalhadores (PT) convocou seus apoiadores para participar de manifestações em diversas cidades, que visam tanto pedir a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro quanto relembrar os 60 anos da ditadura militar. No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus ministros optaram por não comparecer aos eventos, preocupados com possíveis repercussões negativas na relação com as Forças Armadas.
Os protestos estão programados para acontecer em 19 cidades, incluindo 16 capitais brasileiras e duas cidades europeias: Lisboa, em Portugal, e Barcelona, na Espanha. O ponto central das manifestações será Salvador (BA), onde a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, estará presente ao lado do governador baiano, Jerônimo Rodrigues, e do líder do governo no Senado, Jaques Wagner.
Lideranças partidárias explicaram que a decisão de não participar das manifestações é alinhada à postura de Lula de não se posicionar sobre os 60 anos da ditadura militar, evitando que a presença em tais eventos causem polêmicas no cenário político do país.
As manifestações são organizadas pelos movimentos de esquerda Frente Povo Sem Medo (FPSM) e Frente Brasil Popular, que contam com o apoio de entidades ligadas ao PT, PSOL e PCdoB. Mesmo sem a presença de Lula, as lideranças dos movimentos afirmam que a mobilização já demonstrou sua força e importância.
Em nota oficial, o PT convidou filiados e apoiadores para participar das manifestações em defesa da democracia e exigindo punição para aqueles que atentaram contra o Estado Democrático de Direito, sem mencionar diretamente o nome de Bolsonaro.