O deputado federal José Medeiros (PL) classificou como “soco no estômago dos mais pobres” a Reforma Tributária do presidente Lula (PT) que está em análise na Câmara Federal.
Segundo ele, a medida irá prejudicar Mato Grosso e impactar de forma negativa a vida da população, principalmente dos mais pobres com o crescimento dos índices da fome e do desemprego.
Isso porque, a proposta transforma os atuais ICMS (estadual) e ISS (municipal) unicamente no imposto sobre Bens e Serviços (IBS), enquanto os atuais tributos federais PIs, Cofins e IPI seriam condensados na Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS).
Entretanto, segundo Medeiros, a medida irá aumentar o imposto de alguns itens da cesta básica.
“Eles dizem que vamos ter uma alíquota unificada em 25% em impostos federais, facilitando a vida de todo mundo, mas fiquem muito tranquilos que para alimentos destinados ao consumo humano e produtos de higiene básica será só 12,5%”, disse ele, que é vice-líder do Bloco de Oposição na Câmara Federal.
“Só que o governo bonzinho não diz que em alguns estados, como Mato Grosso, a alíquota atual para o arroz, por exemplo, é zero, ou seja, a cesta básica terá um aumento inexplicável, caso essa maldade seja aprovada. Não há reforma alguma em discussão e sim uma política severa de aumento de impostos. É um soco no estômago dos mais pobres”, acrescentou.
Para o deputado, a reforma está sendo empurrada goela abaixo sem discussão, pois o texto vem sendo alterado a todo momento.
“Nós estamos votando aqui na Câmara dos Deputados um projeto que vai impactar a vida de todos os brasileiros. A nossa preocupação é que o texto defendido pelo governo do PT prejudica vários estados, inclusive Mato Grosso”, disse.
“Nós defendemos a reforma tributária, o Brasil precisa dela, mas não dessa que o governo Lula está tentando empurrar goela abaixo do povo. Além disso, o texto da reforma vem sendo alterado a todo momento sem discussão prévia”, afirmou.
A Reforma Tributária está em discussão na sessão desta quinta-feira da Câmara Federal. A expectativa é de que a proposta seja votada ainda hoje. A oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva defende o adiamento da votação.
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