Nesta quarta-feira, documentos relacionados ao caso do multimilionário Jeffrey Epstein foram tornados públicos pela justiça norte-americana, revelando detalhes perturbadores envolvendo centenas de páginas e personalidades influentes acusadas de abuso sexual e tráfico de menores.
Os documentos, inicialmente mantidos em sigilo, foram divulgados devido a um processo judicial movido por Virginia Giuffre contra Ghislaine Maxwell, associada de Epstein. A decisão da juíza Loretta Preska, de Nova Iorque, levou à publicação de aproximadamente 900 páginas, com mais revelações esperadas nos próximos dias.
Entre os nomes citados nos documentos, alguns já eram conhecidos no contexto do caso Epstein. No entanto, o depoimento de Johanna Sjoberg, ex-funcionária de Epstein, trouxe à tona acusações diretas envolvendo figuras proeminentes.
Sjoberg relata que, em 2001, o príncipe André, irmão do rei Carlos III, a teria assediado sexualmente em um apartamento de Epstein em Manhattan. Além disso, menciona uma conversa em que Epstein afirmou que Bill Clinton “gosta delas jovens”, referindo-se a meninas. O ex-presidente dos EUA já havia voado no avião privado de Epstein, mas não enfrentou acusações relacionadas ao magnata.
Outro nome citado é o de Donald Trump, mencionado por Sjoberg em relação a um voo no jato privado de Epstein. Embora tenha sido mencionado, Trump não está associado a irregularidades no caso Epstein.
Stephen Hawking também é mencionado nos documentos em um e-mail de Epstein a Maxwell em 2015, onde o magnata oferece recompensas para desacreditar as acusações de Giuffre. Hawking teria participado de uma viagem à ilha de Epstein em 2006, sem outras referências a seu nome nos documentos.
Além disso, Michael Jackson e David Copperfield são mencionados, mas sem vínculos a atividades criminosas. Ambos teriam sido vistos em residências de Epstein.
O caso Epstein envolveu o magnata financeiro em escândalos desde 2005, culminando em acusações de tráfico sexual em 2015. Epstein faleceu na prisão em 2019, enquanto Maxwell foi condenada em 2021.
Fonte: Visão