Após um aumento no saldo em junho, a caderneta de poupança do Brasil viu uma queda em julho deste ano, com mais saques do que depósitos. Segundo um relatório divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (7), as saídas superaram as entradas em R$ 3,58 bilhões no mês passado.
O resultado negativo, entretanto, foi menor em comparação ao mesmo período do ano passado, quando os saques foram R$ 12,66 bilhões a mais do que os depósitos.
Em julho deste ano, a caderneta de poupança teve R$ 326,61 bilhões aplicados e R$ 330,19 bilhões sacados. Os rendimentos creditados somaram R$ 6,16 bilhões. Assim, a poupança acumula uma retirada líquida de R$ 70,22 bilhões nos primeiros sete meses de 2023.
No ano passado, a caderneta teve uma fuga líquida recorde de R$ 103,24 bilhões, refletindo um cenário de inflação e endividamento elevados. Apesar dos rendimentos terem voltado a superar a inflação, devido aos aumentos da taxa Selic, outras aplicações de renda fixa continuam mais atrativas do que a poupança.
É importante ressaltar que, em 2020, a poupança teve uma captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões. Esse resultado foi impulsionado pela instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de COVID-19 e pelo pagamento do auxílio emergencial, que foi depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.