O Rio Grande do Sul enfrenta uma das piores tragédias naturais de sua história, com o número de mortos se mantendo em 147 e 125 pessoas ainda desaparecidas, conforme dados atualizados pela Defesa Civil às 9h desta terça-feira, 14 de maio. A devastação causada pelas intensas chuvas já atingiu 450 municípios do estado, deixando um rastro de destruição e desespero.
Os abrigos estão abarrotados, com 76.884 pessoas buscando refúgio, enquanto 538.545 estão desalojadas e 806 feridas, evidenciando a dimensão do impacto humano desse desastre.
O Rio Guaíba, em Porto Alegre, voltou a subir, atingindo a marca de 5 metros nesta terça-feira. Segundo informações da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestruturas (SEMA) e da Agência Nacional de Águas (ANA), há previsão de que o nível do rio alcance 5,6 metros hoje, ultrapassando o recorde anterior de 5,33 metros, registrado no último dia 6.
O Guaíba é o receptáculo das águas de diversas bacias hidrográficas afetadas pelas chuvas torrenciais, como Taquari e Caí. As autoridades alertam para que a população evite retornar às áreas já inundadas e permaneça em locais seguros.
Além do Guaíba, a Defesa Civil emitiu alertas sobre os rios Caí e Taquari, que já estão em cota de inundação e devem apresentar elevação significativa em seus níveis. No Vale do Taquari, cidades como Encantado, Lajeado e Roca Sales estão em alerta, após uma família perder a vida em um deslizamento na semana passada.
No Vale do Caí, municípios como Montenegro, São Sebastião do Caí, Feliz, Bom Principio e Nova Petrópolis estão sob risco iminente de novas inundações.
Além dessas áreas, a prefeitura de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, emitiu um alerta de evacuação para seis bairros da cidade, incluindo Rio Branco, Fátima, Mato Grande, Harmonia, Mathias Velho e São Luis, devido ao risco iminente de alagamento.
