Investimento Faz Parte de Plano de R$ 30 Bilhões no Brasil Até 2030
A Stellantis, conglomerado automotivo responsável por marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, anunciou nesta segunda-feira (20) um investimento de R$ 14 bilhões no polo automotivo de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O montante faz parte de um investimento total de R$ 30 bilhões nas fábricas brasileiras, anunciado pela empresa em março. A planta de Betim receberá a maior parte desse aporte.
Expansão da Linha de Motores
Além dos R$ 14 bilhões destinados a Betim, a Stellantis investirá R$ 454 milhões em 2024 para expandir a capacidade produtiva da linha de motores na mesma planta. A capacidade atual de 750 mil unidades por ano será ampliada para 1,1 milhão de unidades anuais, fortalecendo ainda mais a produção local.
Lançamento de Veículos Bio-Hybrid
O presidente da Stellantis para a América do Sul, Emanuele Cappellano, confirmou também o lançamento de veículos com tecnologia bio-hybrid para o segundo semestre de 2024. Este modelo combina eletrificação com motores flex movidos a etanol, uma alternativa mais barata e sustentável em comparação aos veículos elétricos puros. “O etanol junto com a eletrificação atuam como a tecnologia que, de fato, é mais barata e muito sustentável, consistente com a matriz energética do país”, destacou Cappellano.
Desempenho e Futuro da Stellantis no Brasil
Segundo Cappellano, 2024 começou positivamente para a Stellantis, que alcançou 30,3% de market share no Brasil no primeiro trimestre. Ele não detalhou como os outros R$ 16 bilhões serão investidos no país, mas afirmou que esses recursos são essenciais para a transição tecnológica e o lançamento de novos modelos, com previsão de 40 novos veículos até 2030. “Os recursos serão usados para trazer novas tecnologias, renovar nosso line-up, e desenvolver novas plataformas e arquiteturas bio-hybrid”, explicou.
Impacto das Chuvas no Rio Grande do Sul
Cappellano também mencionou as enchentes no Rio Grande do Sul, onde a Stellantis tem fornecedores e concessionárias. Ele destacou que a situação é monitorada de perto e que “com certeza haverá algum impacto a nível industrial”. O foco da empresa é manter a continuidade da produção e atender às demandas da planta para garantir o funcionamento diário.
Fonte: G1