Os municípios do Rio Grande do Sul enfrentam uma devastação sem precedentes devido às tempestades e enchentes dos últimos dias. De acordo com informações da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), repassadas pelas prefeituras à Defesa Civil, cerca de 99,8 mil residências, prédios e condomínios foram destruídos ou danificados pelas adversidades climáticas, totalizando um prejuízo estimado em R$ 4,6 bilhões.
Os dados parciais abrangem o período desde 29 de abril até a tarde desta terça-feira (7). Das 497 cidades do estado, 388 foram atingidas pelas chuvas e enxurradas, sendo que 336 delas tiveram estado de calamidade pública decretado pelos governos estadual e federal.
Atualização dos Números da Tragédia Na tarde de terça-feira (7), a Defesa Civil elevou para 95 o número de óbitos decorrentes dos temporais, com outras 4 mortes ainda em investigação. Além disso, há 131 pessoas desaparecidas e 372 feridas, aumentando a dimensão da tragédia que assola o estado.
Prejuízos nos Diversos Setores Segundo a CNM, o maior impacto financeiro da tempestade recai sobre o setor habitacional, com perdas que chegam a R$ 3,4 bilhões. Os prejuízos estimados nos demais setores são os seguintes:
- Setor público: R$ 465,8 milhões
- Agricultura: R$ 435 milhões
- Pecuária: R$ 134,7 milhões
- Indústria: R$ 92 milhões
- Comércios locais: R$ 37,5 milhões
- Demais serviços: R$ 52,5 milhões
Chuvas Intensas: Acúmulo de Precipitação O acúmulo de chuvas entre 22 de abril e 6 de maio nos municípios gaúchos alcançou a média prevista para cinco meses, conforme dados do Climatempo. Surpreendentemente, Porto Alegre não foi a localidade mais afetada, com destaque para Fontoura Xavier, que registrou 778 mm, e Caxias do Sul, com 694 mm.
Prontidão e Solidariedade O presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski, destaca a urgência do apoio do governo federal aos municípios. Até o momento, as promessas não se concretizaram, deixando as comunidades locais a enfrentar as dificuldades com seus próprios esforços e com a ajuda da solidariedade.
Fonte: G1