As vítimas e testemunhas da chacina ocorrida em um bar em Sinop, no final de fevereiro, tinham um total de R$ 3,1 mil que foram recolhidos pela Polícia Civil e devolvidos posteriormente durante o inquérito a familiares ou a eles próprios.
A polícia indiciou Edgar Ricardo de Oliveira por sete homicídios qualificados, tentativa de homicídio, roubo, furto e posse irregular de arma de fogo. O comparsa dele, Ezequias Souza Ribeiro, morreu em confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) no dia 22 de fevereiro – um dia depois da chacina.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE) na última quinta-feira (16) e agora o órgão deve oferecer denúncia contra Edgar.
A chacina foi cometida pela dupla depois que eles perderam jogos de sinuca no Bruno Snooker Bar por duas vezes no mesmo dia, uma terça-feira de Carnaval.
O dono do snooker bar, Maciel Bruno de Andrade Costa, tinha com ele R$ 2,5 mil, que foram recolhidos pela polícia e devolvidos à familiares. O dinheiro seria de um dos jogos apostados, uma prática comum no bar de Bruno.
Segundo relatos de Luiz Carlos Souza Barbosa, o “Maranhão”, e Raquel Gomes de Almeida, os dois sobreviventes do massacre, os assassinos haviam perdido uma partida de sinuca no início da manhã valendo R$ 4 mil.
O vencedor da partida foi Getúlio Junior Rodrigues Frazão, marido de Raquel e pai de outra vítima, a adolescente Larissa Frazão de Almeida, de 12 anos.
Orisberto Pereira Sousa também morreu nas mãos de Edgar e Ezequias naquele dia. Ele tinha no bolso, além de celular e CNH, uma carteria com R$ 211,00 em espécie.
Outros R$ 388,00 estavam com Josué Ramos Tenório, também morto pela dupla. Josué não tinha o hábito de jogar e apostar, segundo o filho adotivo, Cícero Antonio Dias Neto, contou à imprensa dias depois da chacina. O homem vendia frutas e teria entrado no bar apenas para assistir aos jogos.
Morreram naquele dia: Larissa Frazão de Almeida, de 12 anos; Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos; Adriano Balbinote, de 46 anos; Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos; Josué Ramos Tenório, de 48 anos; Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos; e Elizeu Santos da Silva, de 47 anos.
Midia Jur