G1
A empresa de videochamadas Zoom anunciou aumento de faturamento e do número de usuários durante o segundo trimestre do ano.
A receita total no trimestre entre maio e final de julho saltou 355% em comparação ao mesmo período do ano passado, chegando a US$ 663,5 milhões.
Os resultados seguem o patamar de crescimento do primeiro trimestre, quando a companhia registrou receita de US$ 328,2 milhões, aumento de 169% na comparação ano a ano.
A plataforma ganhou impulso com a demanda por chamadas virtuais com a pandemia, já que muitas empresas ao redor do mundo passaram a permitir que seus funcionários trabalhassem de casa.
Neste trimestre, o Zoom registrou aproximadamente 370.200 clientes com mais de 10 funcionários, alta de 458% em relação ao ano passado.
A companhia ampliou ainda mais a expectativa de receitas total para este ano, com previsão de alcançar entre US$ 2,37 bilhões e US$ 2,39 bilhões. No trimestre anterior, a expectativa era de receitas entre US$ 1,77 bilhão e US$ 1,8 bilhão.
A justificativa para o crescimento foi a mesma do início do ano: “Essa previsão de faturamento leva em consideração a demanda de negócios por soluções de trabalho remoto”, disse a empresa em relatório divulgado na segunda-feira (1º).
O Zoom foi um dos serviços de videoconferência que mais cresceu durante a pandemia do coronavírus, com diversas pessoas procurando ferramentas para se comunicar, estudar e fazer reuniões de trabalho.
O crescimento da empresa levantou preocupações de privacidade e segurança. Especialistas apontaram uma série de vulnerabilidades na ferramenta, como falhas de programação e deficiências na criptografia que protege a comunicação entre os usuários.
Para resolver os problemas, o Zoom anunciou a aquisição da Keybase, uma companhia especializada em criptografia e identidade digital e afirmou que iria aprimorar a segurança dentro da plataforma.
A ascensão do Zoom também mexeu com outras empresas, que lançaram soluções de videoconferência.
O Google, por exemplo, abriu sua plataforma Meet para todos os usuários. O Facebook também lançou uma nova ferramenta para fazer chamadas de vídeo no Messenger e o Skype, da Microsoft, facilitou a criação de salas de videochamada.