quinta-feira, janeiro 16, 2025
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Candidato é esfaqueado por ex-amante em condomínio de luxo

Um candidato a deputado federal foi esfaqueado dentro de um condomínio de luxo em Campo Grande (MS).

A autora é ex-amante do político -segundo confirmado por ele-, que o encontrou com outra mulher em um apartamento, dias depois de os dois terminarem o relacionamento extraconjugal que mantinham. Ela o acusa de agressão durante a briga.

Saulo Batista, 40, filiado ao Republicanos do Mato Grosso do Sul, sofreu “perfurações profundas” no tórax. Ele e a suspeita, Daisa Garcia, teriam brigado pela primeira vez no domingo (25), segundo funcionários do prédio ouvidos pela Polícia Militar.

Nesta segunda (26) ela voltou ao local e recomeçou a discussão, que terminou em uma suposta troca de agressões.

Os funcionários do prédio foram os primeiros a acionar a Polícia Militar, depois de ouvir a evolução da briga e encontrar Saulo já ensanguentado, segundo a Polícia Civil. Ao chegar ao condomínio, os agentes não encontraram a suspeita, que havia fugido.

Apesar de deixar o local inicialmente, Daisa Garcia compareceu à delegacia momentos depois do crime, espontaneamente, já acompanhada de sua advogada.

Ela disse, segundo o Boletim de Ocorrência, que foi agredida pelo ex-amante e pela mulher que o acompanhava, que eles puxaram seus cabelos e a enforcaram e que atacou Saulo “no calor da briga”, pegando “algo” que estava sobre a mesa do apartamento.

Já o político, que foi levado ao Pronto-Socorro da Santa Casa de Campo Grande, deixou a unidade de saúde momentos após dar entrada, recusando atendimento médico, para também ir até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) de Campo Grande, onde deu sua versão da história.

Com escoriações no pescoço, ele afirmou que agrediu a ex-amante apenas para se defender, além de dizer que sua acompanhante também foi ameaçada pela suspeita, que a perseguiu e ameaçou de morte.

A arma usada no ataque, uma faca de serra, foi apreendida pelos agentes.

A PM localizou a mulher que acompanhava Saulo momentos após o crime, em outro flat do prédio. Ela disse que estava no andar de cima do apartamento, um duplex, quando escutou uma discussão e gritos de socorro do político, informando que Daisa tinha tentado matá-lo.

Ela confirmou a versão do candidato de que foi perseguida pela suspeita e disse que saiu correndo para um apartamento ao lado, que estava em manutenção, se escondendo até a chegada dos agentes.

O caso foi registrado como Lesão Corporal Dolosa e tanto Saulo quanto Daisa constam como autor e vítima na ocorrência.
Saulo compareceu ao IML para fazer o exame de corpo de delito na manhã desta terça (27).

Saulo afirmou à reportagem que Daisa tem uma versão “mentirosa e fantasiosa dos fatos” e que a alegação de que ela foi agredida por ele é uma “estratégia” da ex-amante e de sua advogada para levar o caso a uma investigação na Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher), mesmo sem provas de que ele a atacou primeiro.

“Eu compreendo a importância dessa estrutura para acolher a mulher e fazer uma livre apuração, ainda mais em um estado como o Mato Grosso do Sul, com índice alto de feminicídios, mas esse tipo de estratégia pode ser um desserviço à causa. É importante que a verdade de um homem não valha menos que a mentira de uma mulher”, declarou Saulo, que ainda questionou a decisão da polícia de liberar Daisa sem pagamento de fiança.

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