sexta-feira, novembro 14, 2025
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Paulo Gonet na sabatina do Senado: saiba como foi.

Na sabatina realizada nesta quarta-feira (12) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal para analisar sua recondução ao cargo de procurador-geral da República, o jurista Paulo Gonet enfrentou perguntas duras de senadores sobre temas centrais da agenda institucional: a possibilidade de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a competência da PGR em tema de anistia para crimes contra o Estado democrático de direito e ainda sua atuação e suposta proximidade com o ministro Alexandre de Moraes.

Impeachment de ministros do STF: esclarecimentos

Ao responder sobre o impeachment de magistrados da Suprema Corte, Gonet enfatizou que a PGR não manifestou que um ministro do STF “não pode” sofrer impeachment, mas sim produziu um parecer técnico sobre a distinção constitucional entre autoridades eleitas diretamente e funções judiciais. “Em nenhum momento eu disse que um ministro do Supremo não pode sofrer impeachment. O que fiz foi produzir um parecer – e isso não é decisão nem voto – do meu entendimento com relação à distinção que deve haver entre agentes de poderes soberanos…”, afirmou. Ele reforçou que não houve interferência da PGR nas decisões do Congresso, mas sim uma análise jurídica de limitação de competência.

Anistia para crimes contra o Estado Democrático: a posição da PGR

Questionado sobre a possibilidade de anistia para condenados por crimes de lesão ao Estado democrático de direito — como os atos de 8 de janeiro — Gonet afirmou que considera “polêmica do ponto de vista jurídico” conceder anistia para esse tipo de delito. No entanto, deixou claro que é competência do Congresso Nacional decidir sobre anistia, e que a PGR não havia emitido nota técnica com intenção de influenciar o Legislativo. “Nunca houve uma nota técnica do procurador-geral da República a respeito de tema que seja objeto de debate no Congresso”, disse. A declaração provocou reação entre senadores que acusam a PGR de legislar ou antecipar entendimento jurídico quando a matéria está em tramitação parlamentar.

Relação com Alexandre de Moraes e independência institucional

Em meio às críticas de senadores de que a PGR estaria “alinhada” ao ministro Alexandre de Moraes e ao STF, Gonet negou qualquer submissão ou conluio. Declarou que os contatos mantidos são de natureza administrativa, no âmbito da Justiça Eleitoral ou da Procuradoria-Geral Eleitoral, e que não há cooperação jurisdicional imprópria ou interferência política. “Há muito de malícia ou ignorância em torno desse episódio. … Não houve nada de impróprio nas relações da PGR com a Presidência do TSE ou com o STF”, afirmou sob forte pressão dos senadores. Ele também se comprometeu a manter um perfil técnico, discreto e apartidário à frente da PGR, conforme mencionou durante o processo de votação (17 votos favoráveis e 10 contrários na CCJ) para sua recondução.

Bloqueios e desconfianças: o ambiente da sabatina

Senadores da oposição, como Flávio Bolsonaro, acusaram Gonet de atuar politicamente, afirmando que ele “entrou no jogo sujo de Moraes” ao perseguir adversários aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em contrapartida, Gonet reiterou o compromisso de respeitar sigilo das investigações, a presunção de inocência e não praticar vazamentos ou manifestações midiáticas que possam macular processos em curso. “As tintas da Procuradoria são lançadas nos papéis encaminhados. Essas tintas não têm cor, não têm cores de bandeiras partidárias”, declarou.

O amanhã da PGR e seus desafios

Com seu perfil técnico reforçado, o procurador-geral disse que as prioridades de sua gestão são o combate ao crime organizado e a proteção da primeira infância — dois pilares que, segundo Gonet, definem os desafios da PGR em atuação transnacional. Ele confirmou que há inquérito sobre fraudes no INSS e afirmou que o eventual arquivamento “é provisório” e pode ser revisto conforme novas evidências surjam. A sabatina aponta também para os próximos embates institucionais: o papel do Ministério Público em casos de alta relevância política, as relações entre os poderes e como o país lidará com temas sensíveis como anistia, investigação de atos antidemocráticos e controle de instâncias eleitorais e judiciais.

Avenida Avenida Miguel Sutil terá inversão de fluxo a partir deste sábado; atenção para trecho Rodoviária–Coxipó

A partir deste sábado, a circulação na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá (MT), será alterada em razão das obras do Complexo Viário do Jardim Leblon. A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) confirmou que o bloqueio no sentido Rodoviária–Coxipó dará lugar à meia pista sobre a nova passagem de nível, enquanto o tráfego no sentido Coxipó–Rodoviária será interditado para os serviços no lado oposto.

Atualmente, o bloqueio está ativo na altura da Rua Desembargador Trigo Loureiro, com a pista interditada no sentido Rodoviária–Coxipó e o tráfego fluindo em meia pista no sentido contrário. A mudança de sentido tem o objetivo de liberar o trecho já pavimentado e concretado, permitindo que a nova estrutura suporte o fluxo de veículos enquanto a obra avança.

Os principais pontos de estreitamento permanecem nos locais próximos ao Todimo Lar Center e ao início do viaduto da Avenida do CPA, porém agora com o sentido de circulação invertido. A Sinfra alerta que os motoristas redobrem a atenção e reduzam a velocidade no trecho, já que as condições de tráfego permanecem mais complexas durante a fase de obras.

Quando concluída, a nova passagem de nível na Miguel Sutil permitirá o retorno sob a via e a conexão direta entre os bairros Consil e Araés. A estimativa é que o viaduto seja totalmente liberado em março de 2026, segundo o governo estadual.

Venezuela prepara “guerra de guerrilha” e caos urbano em caso de invasão dos EUA, revela agência

Caracas traça plano de resistência não convencional
A tensão entre Venezuela e Estados Unidos escalou nos bastidores militares. Segundo reportagem da Reuters publicada pela revista Veja, o governo de Nicolás Maduro já traça estratégias para um eventual confronto direto com os EUA. Diante da falta de arsenal moderno e de um contingente profissional robusto, o regime chavista aposta em táticas não convencionais, inspiradas em guerras de resistência prolongada.

Plano “Resistência Prolongada” prevê sabotagem e emboscadas
De acordo com documentos internos da defesa venezuelana, obtidos pela Reuters, o país desenvolve um plano codificado como “resistência prolongada”. O projeto prevê a atuação de pequenos destacamentos militares em cerca de 280 localidades estratégicas. Essas unidades teriam a missão de realizar ações de sabotagem, emboscadas e reorganização de tropas após ataques diretos. Fontes ouvidas pela agência afirmam que o modelo se assemelha às ofensivas de guerrilha do Vietnã contra superpotências.

Caos urbano como arma de defesa
Além da guerra irregular no interior, o plano contempla uma segunda frente chamada de “anarquização”. Nesse modelo, milicianos civis leais ao regime, agentes infiltrados e membros dos serviços de inteligência promoveriam desordem nos grandes centros urbanos, especialmente em Caracas. O objetivo seria tornar o país ingovernável para eventuais forças invasoras. Estimativas internas indicam que até 60 mil militares e agentes da Guarda Nacional estariam incluídos nesse tipo de operação, embora especialistas questionem a real capacidade de mobilização do governo.

Reconhecimento da fragilidade militar
Um dos trechos mais reveladores dos documentos mostra que o próprio alto comando reconhece a inferioridade bélica diante dos Estados Unidos. “Não duraríamos duas horas em uma guerra convencional”, teria dito um dos assessores militares de Maduro, segundo a Reuters. O equipamento venezuelano, em grande parte de origem russa, é considerado defasado e insuficiente para enfrentar uma potência como os EUA.

Maduro fala em “preparação máxima” para o combate
Em pronunciamento recente, Nicolás Maduro afirmou que o país vive um “período de preparação máxima” e que, caso haja agressão estrangeira, a Venezuela responderá com “luta armada em defesa de nosso território, nossa história e nosso povo”. O líder chavista tem reforçado o discurso nacionalista e acusa Washington de tentar desestabilizar o país por meio de “guerra híbrida” e bloqueios econômicos.

Escalada militar no Caribe preocupa América Latina
Do outro lado, os Estados Unidos intensificaram operações militares no Caribe, com navios, aviões e fuzileiros navais deslocados para regiões próximas à costa venezuelana sob o pretexto de combater o narcotráfico. Analistas interpretam o movimento como um recado político de Washington — e Caracas o vê como sinal de preparação para uma possível mudança de regime.

Risco de conflito regional
A crescente tensão desperta preocupação em toda a América Latina. A estratégia venezuelana revela que, mesmo reconhecendo a inferioridade tecnológica e militar, o regime aposta em desgaste, guerrilha e caos urbano para conter uma eventual invasão. Caso a retórica evolua para ação, o continente pode enfrentar uma das maiores crises geopolíticas das últimas décadas.

O que havia em falsa bomba encontrada em caminhão que parou o Rodoanel em SP? Polícia revela

Na manhã desta quarta-feira (12), intenso esquema de segurança foi acionado após um caminhão atravessar a pista do Rodoanel Mário Covas, em Itapecerica da Serra (SP), e trazer consigo um suposto artefato explosivo. A ação provocou a interdição total do trecho por quase cinco horas e mobilizou o Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) da PM, que confirmou tratar-se de um simulacro de bomba.

O que foi encontrado

Durante a operação, foi constatado que o artefato consistia em tubos de papelão, fios expostos e fitas adesivas — elementos que imitavam um explosivo real, mas sem carga detonável. O motorista da carreta permaneceu amarrado na cabine com os braços presos e um fio vermelho junto ao corpo durante todo o bloqueio, até que conseguiu ser resgatado por agentes especializados.

Sequência dos fatos

Conforme as autoridades, o caminhão partiu do Acre com destino à São Bernardo do Campo (SP). Por volta das 4h, o motorista relatou ter sido rendido por três homens, que o obrigaram a atravessar o veículo no km 44 da pista externa do Rodoanel. O para-brisa do veículo apresentava estilhaços, o que levanta suspeitas de tiro ou impacto durante a ação.

As câmeras de monitoramento identificaram a obstrução por volta das 5h20 e equipes do GATE chegaram ao local com apoio de drone e helicóptero “Águia”. Depois da verificação, foi constatado que se tratava de um simulacro, e a pista foi liberada por volta das 10h.

Hipóteses em análise e impacto logístico

Além da verificação técnica, a investigação agora avalia se o incidente se tratou de um roubo de carga clássico, modalidade em que a montagem de uma “falsa bomba” poderia servir como distração ou mecanismo de intimidação. O comandante Diógenes Lucca, especialista em segurança viária, considerou a ação “fora do padrão usual” e indicou que pode haver vínculo com organizações que atuam em rotas-chave entre Norte e Sudeste.

No âmbito logístico, o bloqueio gerou congestionamento de mais de 20 km entre as rodovias Régis Bittencourt e Imigrantes, evidenciando a vulnerabilidade de infraestrutura e o risco de paralisação de cargas em via vital para distribuição no Estado de São Paulo.

Artefato encontrado em caminhão sequestrado no Rodoanel Mário Covas era simulacro de bomba, confirma a polícia

Um episódio que mobilizou equipes de elite da segurança pública na manhã desta quarta (12) no anel viário que circunda São Paulo teve desfecho confirmado: o artefato encontrado preso a um caminhoneiro sequestrado no trecho de Itapecerica da Serra era, na verdade, um simulacro de bomba.

Sequestro e bloqueio

De acordo com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), três homens abordaram o motorista por volta das 5h30 no km 44 da pista externa do Rodoanel (SP-021) e o obrigaram a atravessar o veículo na pista, provocando interdição total e engarrafamento de mais de 20 km. O caminhoneiro foi mantido amarrado ao artefato por cerca de quatro horas até o resgate realizado por agentes do Grupo de Ações Táticas Especiais – GATE (PM), que chegaram ao local por volta das 8h24.

Simulacro gera alarme máximo

Embora à primeira vista tratasse-se de um possível explosivo real — o que exigiu ação especializada, helicóptero da polícia e isolamento da área — a verificação posterior identificou o objeto como um simulacro de bomba. O motorista, em estado de choque, chegou a desmaiar durante o resgate e foi encaminhado para atendimento médico.

Impacto no trânsito e segurança viária

Com o bloqueio do veículo até 10h15, o Rodoanel registrou lentidão severa e afetou o tráfego entre os acessos da Régis Bittencourt e da Rodovia Presidente Dutra. A ocorrência levantou questionamentos sobre segurança no transporte de cargas e o protocolo de resposta a situações de risco em rodovias estratégicas para a economia logística de São Paulo.

Investigações seguem em andamento

A Polícia Civil investiga a participação dos criminosos, bem como a motivação para o uso do simulacro — se para extorsão ou para encobrir outra ação criminosa. Até o momento, não há identificação de presos. O veículo pertence à empresa Sitrex Logística, especializada em transporte rodoviário de carga com foco regional na América do Sul.

Quase 3 mil motoristas presos por embriaguez no volante em Mato Grosso até outubro de 2025

Dados alarmantes das operações da Operação Lei Seca

Em 2025, até o mês de outubro, foram 2.998 prisões realizadas no Estado de Mato Grosso de motoristas flagrados dirigindo sob efeito de álcool, segundo levantamento oficial.

Esses números decorrem de 338 edições da Operação Lei Seca, realizadas em cidades como Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Sorriso, Alta Floresta, Cáceres, Nova Mutum, Tangará da Serra e Barra do Garças.

Durante o mesmo período, foram aplicados 47.604 testes de alcoolemia e fiscalizados 43.758 veículos, com 10.673 automóveis removidos.

Principais infrações identificadas

Além das prisões por embriaguez (conforme o artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro), as equipes autuaram os motoristas em outros cenários:

Mais de 5.759 autuações por dirigir sob influência de álcool.

Cerca de 1.730 recusas ao teste do bafômetro.

Outros destaques: conduzir veículos não registrados ou não licenciados (6.228 casos) e dirigir sem Carteira Nacional de Habilitação (4.851 casos).

Relevância e impacto para a segurança viária

A magnitude dessas operações mostra que o estado está em alerta vermelho quanto à associação entre álcool e direção, uma combinação que historicamente aumenta riscos de acidentes graves. A atuação constante da Operação Lei Seca não só bloqueia motoristas em situação de flagrante como também funciona como fator de prevenção, incrementando a consciência pública sobre o tema.
Segundo a coordenação da Operação, essa ação preventiva ajuda a reduzir “situações de risco” e a proteger não só o condutor embriagado, mas toda a comunidade ao seu redor.

Mato Grosso vai ganhar nova era da saúde: governador marca inauguração do hospital central em 19 de dezembro

Data oficial anunciada para o Hospital Central do Estado de Mato Grosso

O Mauro Mendes, governador do Estado de Mato Grosso, confirmou nesta sexta-feira que a inauguração do Hospital Central será realizada no dia 19 de dezembro de 2025.

A cerimônia ocorrerá no prédio localizado no Centro Político Administrativo (CPA), em Cuiabá, após anos de obras paralisadas.

Obras, estrutura e expectativa

O anúncio acontece após o empreendimento permanecer cerca de 34 anos com as obras interrompidas.

De acordo com o governo, a obra já está com estrutura “100% pronta”, em fase de testes e ajustes finais dos equipamentos.

A gestão da unidade hospitalar ficará sob responsabilidade do Hospital Albert Einstein, uma das instituições mais prestigiosas do país — o que reforça a ambição de que o hospital tenha padrão de excelência.

Quando entrará em funcionamento?

Embora a inauguração esteja marcada para 19 de dezembro, a abertura ao atendimento completo está prevista para janeiro de 2026, quando a unidade iniciará suas operações como hospital de média e alta complexidade.

Antes disso, haverá visitas guiadas à população e representantes de diversos setores, para conhecerem a estrutura da unidade.

Por que esse hospital importa tanto?

O hospital integra uma demanda histórica: por décadas o estado enfrentou déficit de unidades de saúde de alta complexidade e aguardava uma entrega significativa.

Ao ter gestão privada de excelência (Hospital Albert Einstein) e infraestrutura modernizada, pode elevar o index de atendimento público de qualidade em Mato Grosso.

A inauguração também tem impacto simbólico: mostra que investimentos públicos em saúde — quando concluídos — podem virar realidade, o que traz esperança à população.

Em termos de marketing político e institucional, trata-se de uma grande marca para o governo estadual, que pode fortalecer a imagem de capacidade de entrega.

Desafios

Mesmo com data marcada, operar hospitais de alta complexidade requer pessoal qualificado, equipamentos em regime de uso e fluxo eficiente de pacientes — essas etapas exigem acompanhamento rigoroso.

A transição das obras para a operação real precisa estar alinhada com protocolos de segurança, regulação sanitária e financiamento adequado.

A cobertura de atendimento, acesso geográfico e integração com redes de atenção básica também serão pontos-chave para que a unidade cumpra seu papel.

 

Batalha na direita: Mauro Mendes acusa Eduardo Bolsonaro de “enlouquecer” e acusações viram trocas ásperas em público

Críticas diretas e rompimento entre aliados

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), desencadeou uma escalada de tensão no campo da direita ao afirmar que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) “enlouqueceu” e está “falando merda lá nos Estados Unidos”.

Segundo Mendes, o parlamentar estaria “longe da realidade” e teria cometido uma “lambança gigante” ao defender medidas como o aumento de tarifas comerciais do governo de Donald Trump contra o Brasil.

A manifestação foi dada após Eduardo Bolsonaro publicar vídeo no qual critica o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), acusando‐o de ser “candidato do sistema”.

Resposta explosiva de Eduardo Bolsonaro

A reação de Eduardo Bolsonaro não demorou. Em mensagem publicada nas redes sociais, ele devolveu com ofensas, chamando Mauro Mendes de “frouxo”, “covarde” e “bosta”.

Ele ainda afirmou que, caso o governador “não tenha coragem de chamar as coisas pelo nome”, não pode ser culpado pela sua própria “frouxidão”.
Deus estranhamente, o confronto revela mais do que disputa individual — evidencia divergências estratégicas dentro da direita em torno de postura política, alianças e imagem futura.

Contexto e implicações políticas

Por que isso importa?

A troca de farpas ocorre em meio à movimentação para as eleições de 2026, com aliados da direita disputando espaço e definindo prioridades estratégicas.

Eduardo Bolsonaro, atualmente morando nos Estados Unidos, tem assumido posição cada vez mais combativa em nível internacional, o que gera questionamentos sobre o grau de alinhamento com as lideranças estaduais.

Mauro Mendes, ao criticar publicamente um representante de peso da base bolsonarista, sinaliza possível distanciamento ou reposicionamento político dentro do espectro de direita.

Qual o foco da divergência?

O estopim foi a defesa de Eduardo Bolsonaro de um “tarifaço” de 50% aos produtos brasileiros proposta por Trump, apontada por Mendes como erro grave: “Estão lá nos Estados Unidos, longe da realidade”.

Além disso, Eduardo acusa Mendes de defender o “sistema” e adotar discurso de fachada para agradar militância sem ações concretas.

Lula chama de “desastrosa” a ação das forças de segurança no Rio de Janeiro expõe a incoerência do discurso institucional

Ao chamar de “desastrosa” a ação das forças de segurança no Rio de Janeiro, presidente acirra tensões e politiza tragédia antes da apuração oficial

A recente declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, classificando a Operação Contenção — conduzida pelas forças de segurança do Rio de Janeiro — como “desastrosa”, gerou forte repercussão política e institucional. A fala, feita antes da conclusão das investigações, reacende o debate sobre os limites entre crítica legítima, responsabilidade presidencial e respeito ao pacto federativo.

Embora a operação tenha resultado em alto número de mortes, o que naturalmente exige apuração e transparência, a forma e o tom adotados pelo chefe do Executivo federal soaram precipitados e politizados, segundo analistas de segurança pública e especialistas em gestão de crise.

Quando o discurso supera a prudência

A crítica pública de Lula expõe uma incoerência recorrente em sua comunicação: ao mesmo tempo em que defende a soberania dos estados e o diálogo entre instituições, o presidente frequentemente emite juízos de valor sobre ações estaduais sem dados consolidados ou relatório técnico em mãos.
Nesse caso, a expressão “desastrosa” cria uma narrativa de condenação antecipada e fragiliza a confiança nas forças de segurança que atuaram sob ordem legal.

Autoridades da área jurídica destacam que, ao rotular a operação de forma tão contundente, o presidente interfere indiretamente em uma apuração que ainda está em curso, podendo influenciar percepções públicas e até decisões administrativas.

Repercussões federativas e institucionais

A fala também reacende a tensão entre o governo federal e os estados na condução das políticas de segurança pública. O Rio de Janeiro, que enfrenta uma das realidades mais complexas do país em termos de criminalidade e poder paralelo, precisa de cooperação institucional — não de embates retóricos.

Ao criticar duramente a operação sem dialogar previamente com o governo fluminense, Lula rompe com o tom colaborativo esperado entre as esferas federativas. Isso gera desconforto político e pode prejudicar futuras ações conjuntas de combate ao crime organizado, sobretudo em um contexto de expansão do tráfico e de milícias.

Política, timing e simbolismo

Não é a primeira vez que Lula utiliza episódios de grande repercussão para reforçar pautas de natureza política. Ao reagir publicamente antes da conclusão das perícias, o presidente parece ter buscado marcar posição ideológica — dialogando com sua base progressista e organismos de direitos humanos — mas sem o mesmo equilíbrio exigido pelo cargo que ocupa.

O discurso humanitário, válido em essência, perde credibilidade quando carece de prudência e factualidade. A politização de uma tragédia, ainda que em nome da justiça, reduz o debate público à retórica e dificulta a busca por soluções estruturais de segurança.

Uma crítica legítima, porém mal conduzida

O reconhecimento da necessidade de investigação é legítimo e coerente com os princípios democráticos. Contudo, ao adotar um tom de condenação prévia, Lula reforça a impressão de que a análise política se sobrepõe à institucional.
A postura presidencial deveria inspirar equilíbrio, respeito à autonomia dos estados e confiança nas instituições — não julgamentos sumários que inflamam ânimos e dividem opiniões.

Em um país que enfrenta desafios diários com o crime organizado, a fala do presidente deveria servir para unir esforços, e não para aprofundar divergências. Ao escolher o adjetivo “desastrosa”, Lula erra no tom e acerta apenas no diagnóstico: algo, de fato, precisa mudar — mas começa pela forma de comunicar e liderar.

A capoeira como instrumento de transformação: aluna destaca impacto de projeto da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso

A capoeira como instrumento de transformação: jovem destaca impacto de projeto social da Polícia Militar em Cuiabá

Projeto Crescer alia arte marcial, cultura e cidadania para fortalecer autoestima e disciplina de adolescentes em Mato Grosso

A capoeira e o projeto da PM me transformaram em uma pessoa melhor.” A frase é de Sophia Fernandes Sales, de 13 anos, aluna do Projeto Crescer — uma iniciativa do 3º Batalhão da Polícia Militar de Mato Grosso, em Cuiabá, que vem mudando vidas por meio da arte e do esporte.

Para Sophia, a experiência vai muito além dos movimentos e golpes: “O projeto me ajudou a melhorar o corpo e a mente. Aprendi sobre respeito, hierarquia e disciplina. A capoeira ensina a ter foco e equilíbrio — dentro e fora da roda.”

O que é o Projeto Crescer

Criado pela Polícia Militar de Mato Grosso, o Projeto Crescer tem como objetivo atender jovens em situação de vulnerabilidade social, oferecendo atividades esportivas, culturais e de cidadania.
A capoeira é o eixo central das ações — uma arte marcial que mistura música, ritmo e expressão corporal, proporcionando condicionamento físico, consciência social e autoconfiança.

Ao abrir as portas dos batalhões e centros comunitários para crianças e adolescentes, o programa cria um ambiente seguro e educativo, promovendo convivência saudável e desenvolvimento pessoal.

Resultados e benefícios

Para os participantes

  • Aumento da autoestima: a evolução nas aulas e o domínio dos movimentos fortalecem o senso de conquista e confiança.
  • Disciplina e concentração: a prática da capoeira requer atenção, ritmo e respeito às hierarquias, competências que se refletem no comportamento escolar e familiar.
  • Vínculos sociais positivos: o convívio com instrutores e colegas estimula amizade e pertencimento, afastando jovens de ambientes de risco.
  • Desenvolvimento cognitivo e físico: melhora do condicionamento corporal e da capacidade de raciocínio e coordenação motora.

Para a comunidade

Além de transformar vidas individuais, o Projeto Crescer tem impacto coletivo. A presença da Polícia Militar em iniciativas sociais reforça a aproximação entre comunidade e segurança pública.
A atuação preventiva reduz vulnerabilidades locais e fortalece o diálogo entre jovens, famílias e agentes de segurança.

Desafios e perspectivas

Entre os desafios do programa estão a manutenção de recursos, a formação continuada de instrutores e a expansão da metodologia para mais municípios.
Ainda assim, os resultados já obtidos inspiram outras unidades a replicarem o modelo — unindo esporte, cultura e cidadania como ferramentas de transformação social.

Por que esse projeto é essencial

Em um cenário de vulnerabilidade juvenil e aumento dos riscos sociais, o Projeto Crescer mostra que segurança pública também se faz com educação e inclusão.
A capoeira, nesse contexto, surge como um instrumento de diálogo entre a Polícia Militar e a juventude cuiabana, ajudando a construir pontes de confiança, respeito e esperança.

Mais do que formar atletas, o projeto forma cidadãos — e histórias como a de Sophia são a prova de que a mudança começa com uma roda de capoeira, um toque de berimbau e o compromisso de acreditar no futuro.