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O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que o Governo do Estado disponibilizará mais 1000 leitos, entre UTIs e leitos clínicos, exclusivos para atender pacientes do novo Coronavírus (Covid-19) em todo Mato Grosso. O anúncio será oficializado nesta sexta (17), mas o democrata antecipou a informação durante live nas redes sociais promovida pelo presidente da OAB-MT, Leonardo Campos.
Mauro também disse que o presidente da República Jair Bolsonaro não está errado ao defender a retomada das atividades econômicas. No entanto, garante não concordar com a forma com que o chefe do Executivo se expressa.
Sobre os 1000 novos leitos, o governador afirmou que faz questão que a utilização seja fiscalizada pelos órgãos de controle. Por isso, promete oficiar o Ministério Público Estadual (MPE) e Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre a medida governamental.
“Não sou favorável aos extremos. Não sou a favor de fechar tudo nem digo que a covid-19 é um gripezinha. Temos que tomar providências para que acontecendo um surto, possamos atender os cidadãos que precisam de leito. Também não podemos descuidar do cidadão que precisa trabalhar para ganhar seu pão no dia a dia”, declarou Mauro na tarde desta quinta (17).
Em relação à retomada da economia, defendida pelo presidente Bolsonaro, o governador cita o exemplo de Cuiabá. Sem querer polemizar com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), considerou a medida exagerada.
“Em Cuiabá, houve o primeiro caso de covid-19 e o prefeito já fechou tudo. Em alguns municípios, sem nenhum caso de coronavírus, os prefeitos decretaram lockdown. A recomendação é parar tudo quando 50% dos leitos estiverem ocupados. Hoje, em Cuiabá, a ocupação é de 36%. Então, temos que garantir a prevenção, mas pensar na economia. A queda de 5% do PIB significa até 25% de desemprego, vidas destruídas e violência. Não queremos repetir cenas dos Estados Unidos, Itália e Espanha, mas precisamos pensar na economia”, completou.
Além disso, Mauro lembrou que a covid-19 vai quebrar até hospitais. Isso porque o isolamento social reduziu a ocorrência de acidentes, brigas, etc, o que reduziu a demanda das unidades de saúde.