Esta semana, Carlos Avallone, presidente do PSDB em Mato Grosso, surpreendeu ao ser o primeiro pré-candidato a retirar sua candidatura à Prefeitura de Cuiabá. Publicamente, Avallone afirmou que atendeu a um pedido das lideranças do seu partido, mas nos bastidores, a história revela uma articulação do grupo pró-Botelho para consolidar sua posição na disputa.
O recuo de Avallone foi oficializado durante uma coletiva no Salão Negro da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), após uma reunião estratégica na casa do empresário e vice-presidente do PSDB, Marcelo Maluf, uma semana antes. Participaram do encontro figuras influentes como a deputada Janaina Riva (MDB), o deputado Júlio Campos (União), o senador Jayme Campos e o próprio Eduardo Botelho.
“A decisão foi tomada após uma avaliação de que uma candidatura de centro como a de Avallone poderia prejudicar o projeto que temos para Cuiabá. Pedimos que ele reconsiderasse sua posição e viesse somar conosco”, explicou Júlio Campos após o anúncio oficial.
Avallone vinha construindo sua pré-candidatura desde o início do ano e já apresentara uma proposta de governo, mas nos bastidores, sua candidatura era vista como experimental. Ao anunciar sua desistência, ele indicou que irá se reunir com o Cidadania, parceiro do PSDB na federação, para decidir os próximos passos, mas tudo indica que uma aliança com o grupo pró-Botelho está sendo articulada para as Convenções Partidárias.
“Minha afinidade é com o centro e tenho simpatia por Botelho. Essa é minha tendência, mas vou aguardar a decisão da federação PSDB/Cidadania”, afirmou Avallone.
A desistência de Avallone reflete não apenas uma reorganização estratégica no cenário político local, mas também a consolidação do grupo liderado por Eduardo Botelho como força central na disputa pela prefeitura de Cuiabá.
Fonte: GazetaDigital