Após um longo período de espera, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra-MT) anunciou que as obras na região do Portão do Inferno, localizado na MT-251, estão programadas para começar no dia 28 de agosto. Segundo a Sinfra-MT, todas as exigências do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) foram atendidas, permitindo o início das intervenções.
No momento, a Sinfra-MT está finalizando o cronograma detalhado das obras. A previsão é que as datas dos bloqueios necessários na MT-251 sejam divulgadas na próxima semana, possibilitando que os motoristas se organizem com antecedência.
Na última terça-feira (13), a Sinfra-MT informou oficialmente ao Ibama e ao ICMBio sobre o início das obras, cumprindo a exigência de notificar os órgãos ambientais com pelo menos 15 dias de antecedência. Além disso, a empresa contratada já foi comunicada para mobilizar trabalhadores, equipamentos, e iniciar a montagem do canteiro de obras, que será instalado em um terreno atrás da Casa do Mel.
As obras de retaludamento na área do Portão do Inferno incluem a remoção de parte do maciço rochoso da curva e a criação de taludes, que são cortes em forma de degraus para evitar deslizamentos de terra. Com essa intervenção, a estrada será recuada em dez metros, eliminando a necessidade de passagem sobre o viaduto atualmente existente.
Burocracia e Desafios
A decisão de iniciar as obras veio após deslizamentos de rochas ocorridos no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães em dezembro de 2023. Frente a essa situação, o governo de Mato Grosso precisou desenvolver soluções para garantir a segurança na região. Entre as alternativas estudadas, a mais viável foi o recorte dos paredões e o novo traçado da MT-251, uma solução considerada rápida, eficiente e de menor custo.
A proposta foi submetida ao Ibama, e a resposta positiva só foi obtida em 28 de junho, com a liberação da licença para as obras emergenciais. No entanto, o início dos trabalhos ainda enfrentou um último obstáculo: a obtenção da autorização de supressão vegetal (ASV). O governador Mauro Mendes chegou a expressar insatisfação com a burocracia envolvida no processo, afirmando que “demora mais tempo para superar a burocracia do que provavelmente para fazer a obra.”
Fonte: GazetaDigital