O Irã refutou, nesta terça-feira (20), as alegações feitas por agências de inteligência americanas sobre uma suposta tentativa de intervenção cibernética nas próximas eleições presidenciais dos Estados Unidos. A Missão Permanente do Irã na ONU classificou as acusações como “infundadas e sem qualquer base”. Segundo a agência estatal iraniana IRNA, a República Islâmica do Irã reiterou que não possui intenção nem motivo para interferir no processo eleitoral americano.
“Se o governo dos EUA realmente acredita na validade dessas alegações, deveria fornecer evidências pertinentes, às quais responderemos de acordo”, afirmou a missão diplomática iraniana. As declarações respondem às denúncias feitas pelo FBI, pelo Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional (ODNI) e pela Agência de Segurança de Infraestrutura e Cibersegurança (CISA), que afirmaram que o Irã estaria intensificando suas tentativas de influenciar o resultado das eleições americanas.
De acordo com o comunicado conjunto das agências americanas, o Irã estaria envolvido em operações de influência direcionadas ao público americano e em atividades cibernéticas focadas nas campanhas presidenciais. As agências também sugerem que o governo iraniano estaria utilizando engenharia social para contatar indivíduos com acesso direto às campanhas presidenciais de ambos os partidos, com o objetivo de influenciar o processo eleitoral.
Curiosamente, essa denúncia ocorreu no mesmo dia do 71º aniversário do golpe de Estado apoiado pelos Estados Unidos contra o primeiro-ministro iraniano Mohammed Mossadegh, em 1953, que resultou na restauração do xá Mohammad Reza Pahlavi ao poder.
Fonte: Jovempan
