O exército israelense afirmou nesta quinta-feira (3) que bombardeou o quartel-general de inteligência do Hezbollah em Beirute, enquanto seus soldados realizam incursões terrestres no sul do Líbano, apoiados por ataques aéreos. Essas ações fazem parte de uma intensa ofensiva militar contra o grupo libanês, aliado do Irã. De acordo com as autoridades libanesas, mais de 1.000 pessoas já perderam a vida nos bombardeios, que têm como objetivo enfraquecer o Hezbollah e facilitar o retorno de civis deslocados nas áreas de fronteira.
O exército israelense também relatou ter matado 15 membros do Hezbollah durante um bombardeio noturno na cidade de Bint Jbeil, onde, segundo eles, a milícia armazenava grandes quantidades de armas. O Hezbollah, por sua vez, afirmou que retaliou, lançando foguetes contra o norte de Israel, incluindo a cidade de Tiberíades.
Escalada no conflito com o Irã
A tensão na região aumentou ainda mais após o lançamento de quase 200 mísseis pelo Irã contra Israel na última terça-feira, em resposta à morte do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um ataque aéreo israelense. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu que o Irã pagará caro por essa ação. Já o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou estar em conversas com Israel sobre possíveis ataques às instalações petrolíferas iranianas.
Mortes e deslocamento no Líbano
Desde o início dos ataques, mais de 1.928 pessoas morreram no Líbano, e cerca de 1,2 milhão de pessoas foram deslocadas, de acordo com o governo libanês. O conflito também resultou na morte de mais de 40 socorristas e bombeiros, enquanto os bombardeios continuam intensos em várias regiões do país, incluindo subúrbios de Beirute.
O Hezbollah tem resistido às incursões israelenses e afirmou ter repelido duas tentativas de invasão nas proximidades da fronteira. As tensões na região continuam a crescer, com bombardeios israelenses também atingindo a Faixa de Gaza, deixando sete mortos nas últimas 24 horas, conforme relatado pela Defesa Civil.
Fonte: Jovempan