A desaceleração das atividades industriais na China resultou em uma significativa diminuição nas importações de algodão, afetando diretamente os produtores de Mato Grosso. Nos primeiros meses de 2025, as importações chinesas da fibra caíram 66% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Essa redução é atribuída a vários fatores, incluindo a desaceleração econômica global e a intensificação da guerra comercial entre China e Estados Unidos. Recentemente, a China impôs tarifas adicionais de 15% sobre produtos como algodão, trigo e milho provenientes dos EUA, em resposta a medidas tarifárias norte-americanas.
Embora essa situação possa abrir oportunidades para o algodão brasileiro ganhar espaço no mercado chinês, especialistas alertam para desafios como gargalos logísticos e a necessidade de diversificação de mercados. Além disso, a demanda global enfraquecida e os estoques elevados na China podem limitar o potencial de crescimento das exportações brasileiras.
Diante desse cenário, produtores de Mato Grosso estão buscando alternativas para mitigar os impactos, incluindo a exploração de novos mercados e o investimento em tecnologia para aumentar a competitividade. A diversificação de destinos de exportação é vista como uma estratégia essencial para reduzir a dependência do mercado chinês e garantir a sustentabilidade do setor algodoeiro no estado.