Após três meses de queda, Cuiabá tem aumento de mortes por Covid em agosto

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    Em 14 de agosto de 2021, o Brasil acumulava 20.350.142 casos confirmados de Covid-19 e 568.788 mortes e Mato Grosso registrava 501.974 casos confirmados e 12.927 óbitos, indicando aumento de 3,0% dos casos e 3,0% de óbitos em duas semanas.

    No Brasil se mantém nas últimas semanas a tendência de queda nos indicadores de incidência e mortalidade por Covid-19 e nas taxas de ocupação de UTI adulto no SUS, sendo que esse último indicador apresentou os melhores resultados desde julho de 2020. Esses resultados indicam que a vacinação tem feito diferença, porém, não se pode deixar de destacar que as vacinas disponíveis apresentam limites em relação ao bloqueio da transmissão do vírus, que continua circulando com intensidade. A possibilidade de surgimento de variantes com potencial de reduzir a efetividade das vacinas disponíveis é preocupante. Desta forma, o país encontra-se em um cenário de vulnerabilidade quanto ao possível crescimento do número de casos e, até mesmo de casos graves, dada a cobertura vacinal ainda insuficiente e limites inerentes às próprias vacinas, daí a importância da manutenção das medidas de distanciamento físico social, uso de máscaras, cuidados com a higiene das mãos, além da vacinação.

    Já tem indício da circulação em Cuiabá da variante Delta do coronavírus, mais transmissível, e que expõe a população à possibilidade de grande elevação de casos. Com a presença desta nova variante e o surgimento de novas variantes, torna-se premente o atingimento de elevada cobertura vacinal (≥80%) da população elegível com o número de doses adequado, conforme a vacina administrada, em curto prazo.

    Desde o registro dos primeiros casos em Cuiabá, a Secretaria Municipal de Saúde, com apoio de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso, publica o Informe Epidemiológico sobre a Covid-19, com o objetivo de monitorar o padrão de morbidade e mortalidade e descrever as características clínicas e epidemiológicas dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave – SRAG pelo SARS-Cov-2 em residentes no município de Cuiabá. Este é o 60º informe produzido, no qual apresentamos as informações desde a data da notificação do primeiro caso em Cuiabá até a 32ª Semana Epidemiológica (SE), compreendendo o período de 14 de março de 2020 a 14 de agosto de 2021.

    Destaques do período de 14 de março de 2020 a 14 de agosto de 2021

    – Foram registrados 102.844 casos de Covid-19 residentes em Cuiabá, 94,4% recuperados; 9.228 internações e 3.300 mortes. Nas duas últimas semanas (SE 31 e SE 32) foram notificados 1.685 casos, 263 internações e 92 óbitos.

    – Apesar da tendência de redução no número de óbitos nos meses de maio, junho e julho (SE 18 a SE 30; 02 de maio a 31 de julho de 2021), houve um aumento no quantitativo de óbitos nas duas primeiras semanas de agosto, 48 e 44 óbitos nas SE 31 e 32, respectivamente.

    – O número de casos registrados até o dia 31 de julho é 5,4% do esperado para o final do mês.

    – A média de idade dos pacientes internados em 2020 era de 56,2 anos de idade e em 2021 foi de 54,6 anos. Entre aqueles que foram a óbito a média de idade em 2020 foi de 65,9 anos e em 2021 de 61,5 anos, indicando o rejuvenescimento da epidemia na capital.

    – Entre os pacientes internados com evolução do caso, 40,9% dos idosos (1.519/3.716), 17,7% (944/5.326) dos adultos, e 8,9% (15/186) das crianças e adolescentes foram a óbito.

    – Em 14 de agosto, comparado há duas semanas (31 de julho), observamos redução da taxa de ocupação de leitos de UTI adulto (64,6%), discreto aumento das taxas de ocupação de leitos de enfermaria (43,5%) e de leitos de UTI infantil (33,3%) e na capital.

    – A taxa de transmissão do vírus nas SE 30 e SE 31 (11 a 24 de julho) foi estimada em 1,0.

    – Após sete meses do início da vacinação na capital, foram aplicadas 437.672 doses, sendo 303.214 com a 1ª dose, 122.044 com a 2ª dose e 12.414 com dose única. Embora observamos um incremento na aplicação da 2ª dose da vacina nas últimas duas semanas, apenas 40% das pessoas que receberam a 1ª dose já foram imunizadas. Nesse ritmo, até o final do ano teremos 100% e 81% da população alvo (acima de 18 anos) com a primeira e segunda doses, respectivamente.

     

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